Conversa com jornalistas

Não é humano fechar as portas a refugiados, diz Papa

O Papa abordou o tema da migração, o sacerdócio de mulheres, falou sobre a crise na Venezuela e outros assuntos

Da redação, com agências

No retorno da Suécia, o Papa Francisco conversou com jornalistas no avião e agradeceu-lhes o trabalho durante os dias de visita ao país, de 31 de outubro e 1º de novembro.

Papa_entrevista_aviao

Papa concede entrevista a jornalista durante viagem de volta a Roma / Foto: ACI Prensa

Francisco aproveitou o momento para agradecer novamente aos países que, como a Suécia, acolhem refugiados e migrantes. No entanto, criticou aqueles que fecham as fronteiras.

“Não é humano fechar as portas; não é humano fechar o coração [aos refugiados] e, a longo prazo, isso paga-se”, declarou o Pontífice, sublinhando que é preciso receber e depois integrar.

.: Leia as notícias sobre a viagem do Papa à Suécia

Mulheres na Igreja

Perguntado sobre a ordenação de mulheres para o sacerdócio, Francisco respondeu que a última palavra foi dada por João Paulo II e assim permanece. Afirmou que as mulheres podem fazer muitas coisas, “melhor que os homens”. “Na Igreja há duas dimensões: masculina relacionada aos apóstolos e a feminina relacionada à Maria. As duas são importantes”, afirmou o Santo Padre.

Renovação Carismática

Os 50 anos da Renovação Carismática Católica também foram assunto da conversa. Destaque para um evento ecumênico marcado para o ano que vem, em Roma, durante Vigília de Pentecostes. Francisco testemunhou sua mudança de atitude em relação à RCC quando proibia jesuítas de se envolverem com o movimento. Disse que com o tempo, passou por um processo de reconhecer o bem que a RCC fez à Igreja.

Venezuela

O Papa comentou ainda a situação da Venezuela e o encontro que teve com o presidente Nicolas Maduro. Afirmou que o único caminho para todos os conflitos é o diálogo, mas sabe que a situação é muito complexa.

A coletiva de imprensa abordou ainda a questão do tráfico de pessoas e do trabalho escravo, quando Francisco recordou seu compromisso neste campo, já como arcebispo de Buenos Aires. No final, agradeceu e pediu orações.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo