Francisco escreve sobre o papel da educação no desenvolvimento humano e na integração na sociedade, diante de um mundo em transição
Da Redação, com Vatican News
Foto: Fabio Pignata /IPA/Sipa/USA via Reuters
Nesta sexta-feira, 8, é celebrado o Dia Internacional da Alfabetização. Por esta ocasião, o Papa Francisco enviou uma mensagem à Diretora-Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay. O texto é assinado pelo Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin.
No documento, o Santo Padre saúda todos os participantes da Conferência Mundial organizada na sede da UNESCO em Paris, na França. Ele também manifesta sua proximidade aos envolvidos em diversas iniciativas a nível regional, nacional e local em todo o mundo para celebrar este importante dia e refletir sobre o tema deste ano: “promover a alfabetização para um mundo em transição, construindo as bases de uma economia sustentável e pacífica”.
O papel da educação
O Pontífice destaca que “a educação e a aprendizagem da alfabetização desempenham um papel central e primordial no desenvolvimento de cada pessoa, na sua integração harmoniosa na comunidade e na sua participação ativa e efetiva no progresso da sociedade”. Diante disso, ele manifesta que a Santa Sé aprecia a ação da UNESCO em favor da alfabetização, tendo em vista a promoção e o desenvolvimento do ser humano.
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Francisco alerta ainda para a estimativa do número de pessoas sem competências básicas de alfabetização, que é alto. “Nosso mundo precisa das competências e da contribuição de todos para melhor enfrentar os desafios da atualidade”, escreve. O Papa indica, entre os problemas, a má gestão da tecnologia, usada de forma descontrolada e até prejudicial.
Três desafios
A mensagem indica ainda três desafios propostos pelo Santo Padre. O primeiro é o da alfabetização pela paz, para “restaurar o valor do diálogo, da prática da bondade e do respeito pelos outros”. O segundo é o da alfabetização digital – o Pontífice assinala que, apesar de a inteligência artificial ampliar o acesso à informação, milhões de pessoas ainda permanecem à margem porque estão privadas de acesso não apenas a bens essenciais, mas também às tecnologias de informação e comunicação.
Por fim, o terceiro desafio é o da alfabetização em ecologia integral. Diante da degradação da natureza, que Francisco correlaciona à “cultura do desperdício”, o Papa aponta que é necessário “promover com paciência e tenacidade a aprendizagem de comportamentos mais sóbrios e solidários, que tenham impacto direto no cuidado do próximo e da criação”. Ao final da mensagem, ele concede a sua bênção e assegura suas orações pela fecundidade das reflexões da conferência e pelo sucesso do compromisso pela alfabetização.
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