Em visita de bispos

Papa elogia evangelização da Igreja na Costa do Marfim

O Papa Francisco recebeu bispos da Costa do Marfim e elogiou a evangelização “coerente” da Igreja no País

Da redação, com Rádio Vaticano

Um grupo de 14 bispos da Costa do Marfim, liderado pelo Cardeal Jean-Pierre Kutwa, foi recebido pelo Papa Francisco nesta quinta-feira, 18, finalizando a visita pastoral ad Limina Apostolorum, realizada ao Vaticano e à Cúria a cada cinco anos.

Dirigindo-se aos bispos do país da África centro-ocidental, Francisco recordou que a peregrinação aos túmulos dos Apóstolos é sempre uma grande oportunidade para reforçar os laços de comunhão entre o sucessor de Pedro e o colégio episcopal. “Esta unidade é essencial para a missão da Igreja”, afirmou o Santo Padre.

O Papa elogiou o episcopado por ser aberto ao diálogo em confiança mútua, num novo esforço missionário, segundo ele, coerente com o ideal evangélico. Animou os bispos a manterem relações construtivas com as autoridades do país, evitando qualquer envolvimento pessoal na disputa política. Além disso, pediu que prosseguissem o diálogo com os muçulmanos, desencorajando derivas violentas e interpretações religiosas do conflito já vivido pelo país.

Em relação ao zelo pastoral, o Pontífice pediu aos bispos que, se possível, usem mais “doçura, persuasão e incentivo”, ao invés de aplicar sanções “precipitadas e graves”; e que visitem frequentemente seus sacerdotes para ouvi-los e conhecê-los melhor.

“Não só os sacerdotes ganham com a constante presença do Bispo na sua diocese, mas as comunidades cristãs em todas as suas componentes; elas precisam ser apoiadas e ter um relacionamento pessoal e regular com o bispo”.

Em seguida, o Papa fez alguns agradecimentos aos religiosos e religiosas pelo trabalho duro que fazem ao lado dos leigos nas áreas da educação, saúde e desenvolvimento. “Convido a fazer todos os esforços para facilitar o estabelecimento de relações construtivas e resolver mal-entendidos, de modo que homens e mulheres religiosos possam trabalhar em harmonia com outros agentes pastorais”.

A mesma proximidade pastoral foi pedida em relação às famílias, “hoje muito frágeis, tanto por causa do processo de secularização na sociedade marfinense, como pelas divisões causadas pelo conflito”. Enfim, Francisco citou a preocupação com os idosos: “muitos sozinhos e abandonados, tendo surgido também nestas sociedades a mentalidade segundo a qual são ‘resíduos’”.

Despedindo-se, expressou sua alegria e gratidão pelo “grande trabalho” de evangelização em andamento na Costa do Marfim. Lá as Igrejas locais experimentam uma verdadeira dinâmica e mostram entusiasmo no anúncio de Cristo crucificado e ressuscitado, segundo o Santo Padre.

“Encorajo vocês a continuarem sem esmorecer no trabalho de evangelização, pois a formação dos leigos em todos os níveis e, especialmente dos catequistas, é vital. Assim, a Igreja na Costa do Marfim poderá calmamente enfrentar os desafios do futuro”, concluiu.

 

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