Francisco participou de celebração do aniversário de dedicação da Basílica de Santa Maria Maior e refletiu sobre ícone da Salus Populi Romani
Da Redação, com Vatican News
Nesta segunda-feira, 5, o Papa Francisco participou das II Vésperas do aniversário de Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior. Em Roma, o ofício do dia tem grau de solenidade, assim como o aniversário da dedicação das outras três basílicas papais (São Pedro, São Paulo fora dos Muros e São João de Latrão).
Neste dia também é celebrada Nossa Senhora das Neves. Diante disso, o Pontífice fez uma breve reflexão a partir de dois sinais que marcam esta celebração: a neve e o ícone da Salus Populi Romani, exposto na Basílica. “Estes dois sinais, corretamente interpretados, podem nos ajudar a colher a mensagem da Palavra de Deus”, afirmou.
Em relação ao primeiro sinal, o Santo Padre recordou o fenômeno prodigioso que indicou ao Papa Libério o local onde a basílica deveria ser construída. Além disso, citou dois versículos do Livro do Eclesiástico, que exprimem: “os olhos admiram a beleza da sua brancura/e o coração maravilha-se de a ver cair”.
A neve, sublinhou Francisco, “pode ser entendida como símbolo da graça, ou seja, de uma realidade que conjuga beleza e gratuidade. É algo que não pode merecer-se nem muito menos comprar-se, só pode receber-se enquanto dom e, como tal, é completamente imprevisível, à semelhança de uma queda de neve em pleno verão na cidade de Roma. A graça suscita admiração e maravilha”.
A Mãe e o Menino
Passando para o segundo sinal – muito mais importante, observou –, o Papa referiu-se ao ícone da Salus Populi Romani como “a joia desta Basílica”. “Nele, a graça adquire plenamente a sua forma cristã na imagem da Virgem Mãe com o Menino”, expressou, “aqui a graça aparece concretizada, despojada de qualquer revestimento mitológico, mágico, espiritualista, que no campo da religião está sempre à espreita”.
O Pontífice acrescentou que “a Mulher é a cheia de graça, concebida sem pecado, imaculada como a neve que acabou de cair”. Quanto a Jesus, “o Menino segura o Livro Sagrado com o braço esquerdo e com o direito abençoa; e a primeira abençoada é Ela, a Bendita entre todas as mulheres”, explicou.
Além disso, o manto escuro da Virgem deixa sobressair a veste dourada do Filho, ressaltou o Santo Padre. “Só Nele habita toda a plenitude da divindade; ela, de rosto descoberto, reflete a sua glória”, comentou, adicionando que esse é o motivo pelo qual “o povo fiel vem pedir a bênção à Santa Mãe de Deus: porque ela é a medianeira da graça que brota sempre e apenas de Jesus Cristo, por obra do Espírito Santo”.
Preparação para o Jubileu 2025
Finalizando sua reflexão, Francisco recordou o Jubileu 2025, que se aproxima cada vez mais. Diante da expectativa pela visita dos peregrinos, ele exortou os presentes a clamarem pela intercessão de Maria pela cidade de Roma, pelo mundo inteiro e, especialmente, pela paz.
“A paz que somente é verdadeira e duradoura se brota de corações arrependidos e perdoados; a paz, que vem da Cruz de Cristo, do Seu Sangue, que Ele tomou de Maria e derramou para a remissão dos pecados”, concluiu o Papa.