O arcebispo da cidade de Vilnius, na Lituânia, Dom Gintaras Linas Grušas, fala sobre as expectativas e esperanças da visita do Papa
Da redação, com Vatican News
Lituânia, Letônia e Estônia são as três nações bálticas que receberão o Papa Francisco em sua 25ª Viagem Apostólica que tem início neste sábado, 22, e vai até terça-feira, 25.
A agenda do Santa Padre prevê uma passagem em Vilnius e Kaunas, na Lituânia; em Riga e Aglona, na Letônia e Tallinn, na Estônia. Todas as três nações estão comemorando 100 anos de independência da Rússia, em 1918, antes de serem incorporadas à União Soviética, em 1940, da qual fizeram parte até 1991.
Todas as três regiões foram visitadas pelo Papa João Paulo II há 25 anos. A Lituânia tem a maior comunidade católica nos Países Bálticos, representando mais de 75% dos quase 3 milhões de habitantes do país.
O arcebispo da cidade de Vilnius, Dom Gintaras Linas Grušas, disse que a recepção para o Papa Francisco está sendo preparada há algum tempo. O bispo lembra ainda que esta visita de Francisco acontecerá exatamente 25 anos depois da visita de João Paulo II. “Estamos esperando pelo Papa Francisco, esperando por suas palavras a respeito de nossa atual situação para nos trazer esperança”, disse o bispo.
Os desafios da liberdade
Grušas lembrou ainda como o conceito de liberdade mudou nos últimos 25 anos. “Anteriormente, a liberdade era vista como algo contra a opressão de um Estado. Hoje, enfrentamos os desafios da capacidade de usar nossa liberdade corretamente, entendê-la e usá-la para o bem comum”, afirmou.
Tempo de recuperação para a Igreja
O arcebispo de Vilnius falou também sobre a importância desta viagem papal num momento em que esta região da Europa sofre. “Ondes as pessoas têm sofrido, onde a Igreja sofre e onde a fé aprendeu a importância da oração e da recuperação: os últimos 25 anos foram um tempo de recuperação para nossa Igreja por conta das feridas que vivenciou”, disse.
O Arcebispo disse que essas feridas também geraram muitos frutos, mencionando um dos lugares que o Santo Padre visitará quando estiver na Lituânia: a prisão da KGB e o Memorial do Holocausto.
“Estes são sinais de grandes feridas no corpo de Cristo que experimentamos nos últimos cem anos, a oração e a cura foram o caminho que nossas sociedades tiveram que seguir adiante para curar essas feridas”, finalizou.