Por meio de telegrama, Papa expressa “sua proximidade espiritual a todos os atingidos pelo trágico incêndio na ala de isolamento da Covid” em Nassiriya
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco enviou um telegrama de pesar ao núncio apostólico no Iraque, Dom Mitja Leskovar. O Pontífice se solidarizou pelas vítimas do incêndio ocorrido nesta segunda-feira, 12, no hospital “Al-Hussein”, em Nassiriya.
No telegrama, assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, nesta terça-feira, 13, o Papa garante “sua proximidade espiritual a todos os atingidos pelo trágico incêndio na ala de isolamento da Covid do Hospital Al-Hussein, em Nassiriya”.
“Profundamente entristecido”, o Santo Padre “reza especialmente por aqueles que morreram e pelo conforto de seus familiares e amigos que lamentam sua perda. Sobre os pacientes, funcionários e cuidadores, invoca as bênçãos de Deus de consolo, força e paz”.
Em março deste ano, o Papa Francisco visitou o país. A viagem apostólica foi a única realizada pelo Pontífice neste ano.
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Incêndio
O incêndio pode ter sido motivado por uma explosão de cilindros de oxigênio. As chamas causaram a morte, segundo um balanço ainda provisório, de 64 pessoas que estavam hospitalizadas.
Pelo menos 100 pessoas ficaram feridas, segundo informações da emissora televisiva árabe Al Jazeera.
As acusações do presidente Salih
“Corrupção” e “má gestão”. Estas são as razões da tragédia, segundo o presidente iraquiano, Barham Salih.
O que aconteceu, segundo o chefe de estado, “é o produto de uma corrupção persistente e da má gestão que subestima a vida dos iraquianos e impede uma reforma das instituições”.
Em sua conta no twitter, Salih pediu uma investigação, para que os responsáveis por “negligência respondam pelo que aconteceu”.
O presidente também pediu uma reforma urgente do trabalho das instituições, especialmente aquelas que trabalham na gestão do setor de saúde.
Salih também lembrou o incêndio ocorrido em abril passado num hospital, em Bagdá. Na ocasião morreram 82 pessoas e outras 110 ficaram feridas. A tragédia desencadeou fortes protestos que levaram à demissão do Ministro da Saúde, Hasan al-Tamimi.
Causas ainda incertas
Após o ocorrido, dezenas de pessoas em Nassiriya continuam procurando notícias de seus entes queridos que estavam internados no hospital onde o incêndio eclodiu.
As autoridades ainda não deram nenhuma explicação sobre a causa do incêndio. Entre as primeiras medidas tomadas, o primeiro-ministro, Mustafa al-Kadhimi, suspendeu o chefe do Departamento de Saúde de Dhi Qar, o diretor médico do hospital e o chefe da Defesa Civil.