Francisco ressaltou que humilde é aquela pessoa capaz de suportar as humilhações como Jesus as suportou
Da Redação, com Rádio Vaticano
Depois de sua viagem a Mianmar e Bangladesh, o Papa Francisco retomou nesta terça-feira, 5, a celebração da Missa na capela da Casa Santa Marta. Na homilia, o Santo Padre destacou a humildade como dom indispensável na vida de um cristão.
Inspirado por uma passagem do profeta Isaías, Francisco recordou que todo cristão é como “um pequeno broto onde se pousará o espírito do Senhor, espírito de sabedoria e de inteligência, espírito de conselho e fortaleza, espírito de conhecimento e temor do Senhor”.
“Esses são os dons do Espírito Santo. Da pequenez do broto à plenitude do Espírito. Esta é a promessa, este é o Reino de Deus”, frisou o Papa, destacando que cada um é broto daquela raiz que deve crescer com a força do Espírito Santo.E a tarefa do cristão é proteger o broto que cresce, proteger o crescimento, o Espírito, observou o Papa, acrescentando que o estilo de vida cristão é como o de Jesus, de humildade.
“É preciso fé e humildade para acreditar que este broto, este dom assim tão pequeno chegará à plenitude dos dons do Espírito Santo. É preciso humildade para acreditar que o Pai, Senhor do Céu e da Terra, como diz o Evangelho de hoje, escondeu essas coisas aos sábios, aos doutos e as revelou aos pequeninos. Humildade é ser pequeno, como o broto, pequeno que cresce todos os dias, pequeno que necessita do Espírito Santo para poder ir avante, rumo à plenitude da própria vida”.
“Alguém acredita que ser humilde – observou o Papa – é ser educado, cortês, fechar os olhos em oração …”. “Não, ser humilde não é isso”. Então, “como posso saber se sou humilde?”, perguntou Francisco.
“Há um sinal, um sinal, o único: aceitar as humilhações. A humildade sem humilhações não é humildade. Humilde é aquele homem, aquela mulher que é capaz de suportar as humilhações como Jesus as suportou, o humilhado, o grande humilhado”.
Francisco recordou o exemplo de tantos santos “que não só aceitaram as humilhações, mas as solicitaram para se assemelharem a Jesus”. “Que o Senhor – concluiu sua homilia o Papa – nos conceda essa graça de proteger o pequeno em direção da plenitude do Espírito, de não esquecer a raiz e aceitar as humilhações”.