“A guerra hoje, aqui em nosso Estado, é a guerra das trevas contra a luz, da noite contra o dia”, disse Francisco
Rádio Vaticano
Na manhã de sábado, 28, o Papa Francisco presidiu uma missa ao ar livre, na gruta de Lurdes, nos Jardins do Vaticano. A ocasião foi a festividade dos três arcanjos: Rafael, Gabriel e Miguel, que a Igreja celebra em 29 de setembro. São Miguel é o Padroeiro da Gendarmaria Vaticana, o corpo de guardas do Estado.
Em sua homilia, Francisco exortou os policiais a pedirem a proteção do Santo para que nos defenda dos inimigos, das ameaças do diabo e de tudo aquilo que ele semeia.
“Porque o diabo ama as trevas, foge da luz. As ameaças são aqueles que vivem nas trevas e aproveitam o escuro para enganar, para intimidar. A guerra hoje, aqui em nosso Estado, é a guerra das trevas contra a luz, da noite contra o dia. Esta é a verdade da luta cotidiana, de todo dia: a luta da Igreja, da mãe-Igreja”.
Neste enfoque, o Papa agradeceu os guardas que defendem as portas e janelas do Vaticano, mas pediu que façam ainda mais: que protejam das ameaças do diabo, como o fez São Miguel, seu Padroeiro.
Francisco esclareceu que “o diabo não tem medo de monsenhores, cardeais e nem do Papa”; ele entra “em todos os lugares, vem de todas as partes”, espalhando uma tentação: a discórdia.
“O diabo gosta muito de atentar contra a unidade, de ameaçar a unidade daqueles que vivem e trabalham no Vaticano. O diabo tenta criar a guerra interna, uma espécie de guerra civil e espiritual que se faz com a língua. E usa como armas as intrigas. Por isso, peço a vocês que nos defendam dos mexericos: esta é uma língua que não pode ser falada no Vaticano, que deve ser proibida, porque é a língua usada pelo diabo para dividir, para criar inimizades entre os irmãos e ele vença”.
Terminando a homilia, o Papa pediu a São Miguel que nos ajude a nunca falar mal do próximo e a não dar ouvidos às fofocas. “Falar bem sim, mas semear divisões, não”, completou, pedindo a São Miguel que ajude a afastar as intrigas do Vaticano.