Papa falou nesta manhã sobre a guerra na Ucrânia, lamentando tantos jovens soldados em área de conflito
Da Redação, com Vatican News
Vários têm sido os apelos do Papa Francisco em prol da paz na Ucrânia. Nesta sexta-feira, 18, o Pontífice voltou a falar sobre o conflito que perdura no país desde o dia 24 de fevereiro. Ênfase para o fato de que uma guerra é sempre uma derrota da humanidade.
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A breve reflexão de Francisco sobre o conflito foi antes do encontro com os participantes do Congresso da Fundação Pontifícia Gravissimum Educationis. O Pontífice respondeu a uma carta que havia sido lida pouco antes, escrita por Yurii Pidlisnyi, chefe da Comissão para a família e os leigos da Igreja Greco-Católica Ucraniana. Ele também é chefe da Cátedra de Ciência Política da Universidade Católica Ucraniana e chefe do projeto “Educação em um mundo fragmentado”.
“Estamos acostumados a ouvir notícias de guerras, certo, mas muito longe. Síria, Iêmen … habituais. Agora que a guerra está perto, ela está na nossa casa, praticamente, e isto nos faz pensar na selvageria da natureza humana, até onde somos capazes . Assassinos de nossos irmãos”, disse o Pontífice.
Francisco destacou que essa carta chama a atenção para o que está acontecendo. Há tantos soldados – russos e ucranianos – que são enviados para a frente de batalha muito jovens. Há ainda os habitantes: jovens, crianças. Uma realidade que está próxima e o Evangelho pede que não se olhe para o outro lado, “a atitude mais pagã dos cristãos”, ressaltou.
“Quando um cristão se acostuma a olhar para o outro lado, ele lentamente se torna um pagão disfarçado de cristão. É por isso que eu quis começar ente encontro com esta reflexão. A guerra não está longe: ela está perto da nossa casa. O que eu estou fazendo? Aqui em Roma, no Hospital Bambin Gesù, há crianças feridas pelos bombardeios. Levá-los para casa. Devo? Faço jejum? Faço penitência? Ou eu vivo despreocupado, como normalmente vivemos em guerras distantes? Uma guerra sempre – sempre! – é a derrota da humanidade: sempre. Nós – os instruídos, que trabalhamos na educação – somos derrotados por esta guerra, porque por um lado somos responsáveis. Não existem guerras justas: não existem!”