Francisco recebe delegação e fala sobre promoção da dignidade humana

Cerca de 200 pessoas do Instituto “Dignitatis Humanae” estiveram com o Papa Francisco neste sábado

Da redação, com Rádio Vaticano

O Papa Francisco recebeu, no final da manhã deste sábado, 7, na Sala Clementina do Vaticano, uma delegação de cerca de 200 pessoas do Instituto “Dignitatis Humanae”, acompanhados pelo Cardeal Renato Raffaele Martino, que lhe fez uma saudação, em nome dos presentes.

Em seu pronunciamento, o Bispo de Roma destacou o objetivo do Instituto: “Promover a dignidade humana com base na verdade fundamental de que o homem é criado à imagem e semelhança de Deus. Logo, uma dignidade original e insuprível de cada homem e mulher, que não pode ser submetida a nenhum poder ou ideologia”.

Neste sentido, o Pontífice frisou que “na nossa época, tão rica de conquistas e esperanças, não faltam poderes e forças que acabam produzindo uma “cultura do descartável”, que tende a se tornar mentalidade comum”. E o Papa acrescentou:

“As vítimas de tal cultura são os seres humanos mais fracos e frágeis – os nascituros, os pobres, os idosos doentes, os portadores de deficiência – que correm o risco de ser excluídos e expulsos de uma engrenagem que deveria ser eficiente a todo custo. Este falso modelo de homem e de sociedade prega um ateísmo prático, que nega a Palavra de Deus: ‘Façamos o homem à nossa imagem e semelhança’.”

O Papa exortou os presentes, dizendo que “a Doutrina Social da Igreja, com a sua visão integral do homem, como ser pessoal e social, deve ser a bússola de todos. Tal Doutrina contém o fruto, particularmente significativo, do longo caminho do Povo de Deus na história moderna e contemporânea; contém a defesa da liberdade religiosa, da vida em todas as suas fases, do direito ao trabalho decente, da família, da educação.

“Sejam bem vindas todas aquelas iniciativas como a de vocês, que tendem a ajudar as pessoas, as comunidades e as instituições a redescobrir o alcance ético e social do princípio da dignidade humana, raiz da liberdade e da justiça”, concluiu o Pontífice.

Mas, para que isso se torne realidade, explicou o Papa, é preciso uma obra de sensibilização e de formação, para que os fiéis leigos, especialmente os que trabalham em campo político, saibam agir, segundo o Evangelho e a Doutrina Social da Igreja; porém, o façam com coerência, dialogando e colaborando com aqueles que, com sinceridade e honestidade intelectual, compartilham pelo menos da visão do homem e da sociedade, com suas consequências éticas.

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