Santo Padre falou da linguagem utilizada pelos cristãos, que é a da verdade do amor, como filhos de Deus
Da Redação, com Rádio Vaticano
Os cristãos não usam uma linguagem “socialmente educada”, tendente à hipocrisia, mas são porta-vozes da verdade do Evangelho com a mesma transparência das crianças. Este foi o ensinamento proposto pelo Papa Francisco na homilia desta terça-feira, 4, na Capela da Casa Santa Marta.
A homilia foi perpassada pela cena evangélica do tributo a César e do questionamento de fariseus a Cristo sobre a legitimidade daquele tributo. “Quando perguntam, com palavras macias, açucaradas, se é lícito ou não pagar impostos a César, eles tentam demonstrar-se amigos, mas é tudo falso!”, disse.
Francisco prosseguiu explicando que “eles não amam a verdade, mas somente a si mesmos e assim, tentam enganar, envolver os outros na mentira. Têm o coração mentiroso, não podem dizer a verdade”.
Esta linguagem, segundo enfatizou o Santo Padre, é a linguagem da corrupção, da hipocrisia, e parecendo ser persuasiva, leva ao erro e à mentira. “Quando Jesus diz a seus discípulos, diz que seu modo de falar deve ser ‘sim, sim’ ou ‘não, não’, porque a hipocrisia não fala a verdade, porque a verdade não está nunca sozinha: está sempre com o amor. Não há verdade sem amor”.
O Pontífice lembrou que a docilidade que Jesus quer do ser humano não está relacionada a uma adulação, a um modo “açucarado” de ir adiante, mas sim uma docilidade simples, como uma criança, sem hipocrisia.
“Que o nosso falar seja evangélico, irmãos! Os hipócritas que começam com a adulação acabam procurando falsas testemunhas para acusar quem haviam adulado. Hoje, peçamos ao Senhor que o nosso modo de falar seja simples, como o de filhos de Deus, que falam com a verdade do amor”.