Santo Padre advertiu para o perigo de se confundir a luz de Jesus com as luzes artificiais do mundo
Da Redação, com Rádio Vaticano
“Sempre, onde estiver Jesus haverá humildade, meiguice e amor”, disse o Papa Francisco na Missa celebrada na capela da Casa Santa Marta nesta terça-feira, 3. O Papa acentuou a distinção entre a “luz tranquila” de Jesus, que fala ao coração, e a “luz do mundo”, uma “luz artificial” que torna o ser humano soberbo e orgulhoso.
A homilia do Papa foi desenvolvida inspirando-se nas palavras de São Paulo aos primeiros discípulos de Jesus. “Vocês, irmãos, não estão nas trevas, vocês são todos filhos da Luz”.
Francisco destacou que Cristo veio justamente para salvar a humanidade do pecado, das trevas. Porém, lembrou que hoje existe o pensamento de que é possível receber a luz com coisas científicas e da humanidade.
“Mas a luz de Jesus é outra coisa. Não é uma luz da ignorância; é uma luz de sabedoria, diferente da luz do mundo. A luz do mundo é artificial, forte como um fogo de artifício, como um flash, mas a de Jesus é mais forte, embora branda: é uma luz tranquila, de paz, como a luz da noite de Natal, sem pretensões”.
O Papa disse ainda que a Luz de Jesus dá paz, não faz espetáculo, é uma Luz que vem do coração. Mas ele advertiu para o fato de que às vezes o diabo aparece disfarçado de anjo da luz. “Ele gosta de imitar Jesus e parecer bom, nos fala tranquilamente…Eis porque devemos pedir ao Senhor a sabedoria para discernir quando é o Senhor que nos dá a Luz e quando é o demônio, mascarado de anjo”.
Francisco exortou os fiéis a irem atrás de Jesus sem medo, porque Sua Luz é bela e faz muito bem. E concluiu lembrando que o Evangelho do dia narra que Jesus expulsa o demônio e as pessoas se perdem no temor diante de uma palavra que expulsa os espíritos impuros.
“Jesus não precisa de um exército para expulsar os demônios, não precisa da soberba, não precisa da força e do orgulho. Sua palavra é humilde, meiga e cheia de amor; é uma palavra que nos acompanha nos momentos de Cruz. Peçamos ao Senhor que nos dê hoje a graça de sua Luz e nos ensine a distinguir quando a luz é Sua ou quando é artificial, feita pelo inimigo para nos enganar”.