No final da Catequese desta quarta-feira, 26, o Santo Padre recordou o fundador da Congregação do Oratório, o evangelizador na Roma do século XVI
Da redação, com Vatican News
“Hoje celebramos a memória litúrgica de São Filipe Neri, comumente chamado de ‘santo da alegria’. Que a alegria reconfortante, dom do Senhor, acompanhe e enriqueça o caminho de cada um de vocês”. São palavras do Papa Francisco no final da Audiência geral desta quarta-feira, 26.
São Filipe Neri e seus companheiros do Oratório também acompanhavam os doentes até a “boa morte”. É um dos muitos contrastes do terceiro apóstolo de Roma, depois de Pedro e Paulo. Nascido em Florença, tornou-se romano antes dos 20 anos de idade. Depois, durante 60 anos, foi um incansável animador da caridade e da evangelização em uma cidade corrupta e perigosa.
Seu sorriso fez dele um “trabalhador entre as almas”
Por ocasião dos 500 anos do nascimento do santo, em 26 de maio de 2015, o Papa Francisco enviou uma mensagem ao Procurador Geral da Confederação do Oratório de São Filipe Néri:
“Seu sorriso o transformou em um ‘apaixonado anunciador da Palavra de Deus’. Este foi o seu segredo, que fez dele um ‘trabalhador entre as almas’. Apaixonado pela oração íntima e solitária, no Oratório, ele ensinava a rezar em comunhão fraterna”.
Na ocasião, o Pontífice continuou: “fortemente ascético na sua penitência inclusive corporal, propunha o esforço da mortificação interior marcada pela alegria e serenidade do lazer. Apaixonado anunciador da Palavra de Deus, foi pregador tão parcimonioso de palavras a ponto de se reduzir a poucas frases quando a comoção o surpreendia”.
Pai e mestre das almas
São Felipe Neri foi um autêntico pai e mestre das almas, escreveu o Papa. A sua paternidade espiritual, frisou Francisco, reflete-se em suas ações, acompanhada de confiança nas pessoas.
“Enfrentava gestos pessimistas e carrancudos com espírito festivo e alegre, convicto de que a graça não alterava o seu caráter, pelo contrário, conformava, fortalecia e aperfeiçoava”.
Alegria base do apostolado
Por fim o Papa exortou que a alegria do santo deveria ser o fundo das comunidades e do apostolado. “Nos nossos dias, sobretudo no mundo dos jovens, tão queridos ao padre Filipe, há grande necessidade de pessoas que rezem e saibam ensinar a rezar”, sublinhou.
“Com o seu ‘intensíssimo afeto ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia, sem o qual não podia viver’, ele ensina-nos que a Eucaristia celebrada, adorada e vivida é a fonte da qual haurir para falar ao coração dos homens. De fato, ‘com Jesus Cristo a alegria sempre nasce e renasce’. Esta alegria, característica do espírito oratoriano, seja sempre o clima de fundo das vossas comunidades e do vosso apostolado”.
São Filipe Néri, o terceiro “Apóstolo de Roma”, faleceu na madrugada de 26 de maio de 1595.