Francisco recebeu uma delegação da “Catholic Extension Society”, no Vaticano, e aproveitou para agradecer o trabalho desenvolvido para consolidar a fé católica em comunidades pobres dos Estados Unidos
Da redação, com Vatican News
Na manhã desta quarta-feira, 26, além do compromisso com a tradicional Audiência Geral na Praça São Pedro, o Papa Francisco encontrou uma delegação da “Catholic Extension Society”, liderada pelo arcebispo de Chicago, o cardeal Blase Joseph Cupich. A missão da Extensão Católica, desde a fundação em 1905, é promover uma Igreja em saída ao atender as comunidades religiosas mais remotas dos Estados Unidos, como as de fronteira — na época, inclusive por meio de trens e com capelas motorizadas. Atualmente, mais de 15 milhões de católicos de dioceses pobres do país são beneficiados pela Sociedade, com subsídios para reformar e construir igrejas, bolsas de estudo para líderes emergentes e capacitação dos ministérios.
Na saudação, o Pontífice demonstrou “sincera gratidão” por essa missão “de cuidar das necessidades dos pobres e vulneráveis”. Uma contribuição de nível eclesial e civil, reforçou o Papa, como foi “a reconstrução de Porto Rico após os furacões e terremotos que devastaram a ilha nos últimos anos”. O reconhecimento, mais uma vez, também foi dirigido, em especial, à Irmã Norma Pimentel, ganhadora do Prêmio “Spirit of Francis”, “pelo serviço que faz a tantos homens, mulheres e crianças que chegam à fronteira sul dos Estados Unidos — esa frontera es caliente caliente — em busca de um futuro melhor”.
A sinodalidade que dá voz aos vulneráveis
Ao trabalhar na edificação da Igreja, dando “voz àqueles que muitas vezes não têm voz”, o Papa afirmou ser um testemunho da “dignidade dada por Deus a cada pessoa”, sobretudo neste momento importante de percurso comum em busca da sinodalidade:
“Ouvir e incluir as experiências e perspectivas de todos, especialmente daqueles que se encontram à margem da sociedade, enriquece a vida e o ministério eclesial; pois a Igreja é como uma grande tapeçaria, composta de muitos fios individuais que provêm de diferentes povos, línguas e culturas diferentes, mas que são tecidos em unidade pelo Espírito Santo”.
A gratidão da Igreja pela caridade fraterna
O Papa se demonstrou muito feliz pela “preocupação em colocar no centro da ação pastoral da Igreja aqueles que são frequentemente vítimas da atual ‘cultura do descarte’; dessa forma, a voz deles pode ser ouvida” e a sociedade acaba sendo fortalecida e renovada. Enfim, veio o encorajamento para continuar a expressar o ‘estilo de Deus’ no trabalho que realizam na América:
“O estilo de Deus nunca é distante, desapegado ou indiferente. Pelo contrário, é um estilo de proximidade, compaixão e ternura. Este é o estilo de Deus: cercanía, compasión y ternura. Dios va así, eso es lo estilo que tiene. Desejo que o serviço de vocês sempre reflita estas qualidades: proximidade, compaixão e ternura – cercanía, compasión y ternura -, mostrando que o Senhor se aproxima de nossas vidas, que é movido pela compaixão por aqueles que se encontram em situações difíceis, que o seu amor nos chama a nos relacionarmos com Ele e a vermos o nosso próximo como um verdadeiro irmão ou irmã.”