Na Sala dos Papas, no Vaticano, Francisco recebeu uma delegação do Real Clube de Tênis de Barcelona e falou sobre a importância do esporte na vida das pessoas
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira, 29, na Sala dos Papas, no Vaticano, uma delegação do Real Clube de Tênis de Barcelona pelos seus 125 anos de fundação.
O Pontífice manifestou satisfação em receber este clube esportivo e em seu discurso salientou “mais uma vez as oportunidades que o esporte oferece para o crescimento de cada pessoa e de cada sociedade”. Francisco parabenizou os italianos pela vitória, no último domingo, na Austrália, do tenista italiano Jannik Sinner.
O tênis em particular, por não ser um jogo de equipe, mas individual ou em pares, apresenta uma faceta interessante para nossa reflexão. Parece que o confronto entre os jogadores tem a ver, acima de tudo, com o desejo de estar acima do adversário. No entanto, se olharmos para a história do seu clube podemos constatar que na realidade, desde sua origem inglesa, ele é uma expressão da abertura dos fundadores para o bem que poderia vir do exterior e para um diálogo com outras culturas, o que lhes permitiu dar vida a novas realidades.
Segundo Francisco, “esta é uma lição tão válida para os nossos dias como foi 125 anos atrás. Nem no tênis nem na vida podemos vencer sempre, mas será um combate enriquecedor se, jogando educadamente e de acordo com as regras, aprendermos que não é um combate, mas sim um diálogo que envolve o nosso esforço e nos permite melhorar”.
No campo de jogo, assim como no campo da existência, às vezes nos sentimos sozinhos, às vezes apoiados por quem joga conosco neste jogo da vida. Mas, mesmo quando jogamos “individualmente”, estamos sempre na presença do Senhor, que nos ensina o que significa o respeito, a compreensão e a necessidade de comunicação constante com o outro.
Para finalizar, o Papa recordou que o Real Clube de Tênis de Barcelona formou “figuras internacionais do tênis”. Isso “é um grande desafio, mas quando trabalhamos com as crianças, que sonham com um futuro esportivo de excelência, as exigências do treinamento não podem estar acima do crescimento integral delas”, disse ainda o Papa.
Segundo Francisco, “não há nada mais importante do que esse desenvolvimento humano e espiritual. Portanto, cuidem das crianças, daquelas que podem se beneficiar dos valores do esporte em ambientes sociais complexos e também daquelas que poderão ter sucesso na alta competição”. “Que elas não deixem de ser crianças”, concluiu.