Francisco enviou uma mensagem à Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal Argentina por ocasião do Seminário sobre o tráfico de pessoas
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco enviou uma mensagem assinada pelo cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, à Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal Argentina por ocasião do Seminário sobre o tráfico de pessoas. Para Francisco é “um flagelo que fere a dignidade dos irmãos e das irmãs mais frágeis”. O órgão, através de sua equipe especial “Não ao Tráfico”, realizou um seminário on-line por ocasião do Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, comemorado em 30 de julho.
Erradicar o flagelo e ajudar os sobreviventes
Em sua mensagem pontifícia, Francisco afirma que a época contemporânea é tristemente marcada por uma perspectiva utilitarista que olha para os outros de acordo com critérios de conveniência e ganho pessoal, cortando assim o caminho para a realização da humanidade de cada pessoa, em conformidade com sua singularidade e seu ser irrepetível. “Na contestação desta dramática e persistente situação de comercialização representada pelo tráfico de pessoas, em suas muitas formas”, continua o texto, “o Papa encoraja o compromisso com a erradicação total deste flagelo” e “apoia os esforços para ajudar os sobreviventes e colaborar decisivamente na construção de caminhos que conduzam ao bem comum e à plena realização da vida humana”.
Bênção e a invocação à Virgem de Luján.
Intitulado “Juntos contra o tráfico de seres humanos”, o seminário on-line foi realizado na plataforma Zoom com a presença virtual de mais de 600 participantes, representando diferentes setores ativos contra o tráfico como o judiciário, as políticas públicas, as organizações sociais e, é claro, a Igreja.
“O período de pandemia e de isolamento social obrigatório devido à Covid-19 – disseram os organizadores do evento – não impediu nossas atividades. Por um lado, aumentou a oportunidade de se conectar com mais pessoas de diferentes lugares e, por outro lado, cresceu a necessidade de aumentar a consciência pública sobre esta questão, pois as circunstâncias atuais, que infelizmente formam maiores concentrações de vulnerabilidade, favorecem o aumento da exploração das pessoas”.