Francisco falou aos novos bispos da centralidade da oração no ministério que exercerão, destacando o serviço e a unidade com toda a Igreja
Liliane Borges
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
O Papa Francisco celebrou a primeira sagração episcopal de seu Pontificado nesta quinta-feira, 24, na Basílica Vaticana. Foram ordenados o presidente da Pontifícia Academia Eclesiástica, Dom Giampiero Gloder, e o núncio apostólico na República de Gana, Dom Jean-Marie Speich.
Na celebração, Francisco denominou os bispos como guardiões e dispensadores dos mistérios de Cristo, chamados a seguir o exemplo do Bom Pastor no serviço ao povo de Deus. “De fato, Episcopado é o nome de um serviço, não de uma honra. Sempre em serviço, sempre a serviço”, exclamou o Pontífice.
O Papa falou sobre a centralidade da oração na vida episcopal, recordando o primeiro conflito da Igreja de Jerusalém, quando foi necessário escolher diáconos para auxiliar aos apóstolos, para que estes tivessem tempo de rezar e pregar. “Um bispo que não reza é um bispo na metade do caminho. E se não reza ao Senhor acaba no mundanismo”, alertou o Santo Padre.
“Amem, amem com amor de pai e de irmão todos aqueles que Deus lhes confiou”, pediu o Papa aos dois novos bispos, exortando-os a darem atenção principalmente aos padres e diáconos, que são os mais próximos colaboradores. Francisco pediu também que eles estejam sempre atentos aos pobres e indefesos.
“Recordem que na Igreja católica, reunida no vínculo da caridade, vós sois unidos ao Colégio de bispos e devem trazer consigo, a solicitude de todas as Igrejas, socorrendo generosamente aquelas que são mais necessitadas de auxílio”, concluiu o Pontífice.