O Pontífice, em meio a Viagem Apostólica à África, enviou mensagem de pesar aos familiares e às dioceses destacando o apostolado dos dois cardeais
Da Redação, Vatican News
O cardeal José de Jesús Pimiento, aos 100 anos, faleceu na última terça-feira, 3, na Colômbia. O cardeal Roger Etchegaray, da Arquidiocese de Bayonne, aos 96 anos, faleceu nesta quarta-feira, 4, na França. O pontífice, em meio a viagem apostólica à África, enviou mensagem de pesar aos familiares e às dioceses destacando o apostolado dos dois cardeais.
Pimiento: centenário pastor que entregou sua vida à Igreja
No telegrama pela morte do cardeal Pimiento Rodríguez, o Papa manifesta “sentimento de pesar” e pede para que “seja transmitido aos seus familiares e à sua diocese”. Depois, o Santo Padre destacou que “este centenário pastor entregou sua vida a Deus e à Igreja trabalhando com coragem pela paz e pelo bem comum.
Dom Jesús nasceu em Zapatoca (Santander), tendo recebido em 14 de fevereiro de 2015 a investidura da insígnia de cardeal das mãos do cardeal Rubén Salazar Gómez. Ele destacou-se pela sua contribuição para a paz no país do ponto de vista acadêmico e com ações de conscientização para o bem-estar comum e o desenvolvimento.
Etchegaray: homem de profunda fé
Pela morte do cardeal Roger Etchegaray, o Santo Padre enviou o telegrama ao bispo de Bayonne, Lescar et Oloron, Dom Marc Aillet exprimindo “condolências pela morte do cardeal”. O cardeal Etchegaray, escreveu o Papa “marcou profundamente a vida da Igreja na França e da Igreja universal”. Francisco recordou seu percurso desde a diocese de origem Bayonne até a presidência dos Pontifício Conselho Justiça e Paz e do Pontifício Conselho Cor Unum.
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Francisco o lembrou como “um conselheiro muito respeitado, particularmente nas delicadas situações que enfrentou na vida da Igreja em várias partes do mundo”. “Recordo-o como um homem de profunda fé sempre com o olhar dirigido aos extremos confins da terra, sempre atento quando se tratava de anunciar o Evangelho aos homens de hoje”.
Nascido em 1922 em Espelette, localidade francesa da região da Aquitânia, junto à fronteira com a Espanha, foi ordenado sacerdote em 13 de julho de 1947, na Paróquia de Bayonne. Foi nomeado bispo-titular de Gemellae in Numidia e bispo-auxiliar de Paris, em 1969.
Em 1970 foi elevado à arcebispo de Marselha e em 1975 nomeado Prelado da Missão da França em Pontigny, ligado à arquidiocese de Dijon. Em 1979 foi criado cardeal e feito cardeal-presbítero da Sé titular de São Leão I.
Em 1984 foi nomeado pelo Papa João Paulo II presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz e do Pontifício Conselho Cor Unum. Em 1995 deixou o Pontifício Conselho Cor Unum e, três anos mais tarde, o Pontifício Conselho Justiça e Paz e foi feito cardeal-bispo de Porto-Santa Rufina. Em 2005 foi confirmado como vice-decano do Colégio de Cardeais.
Com a morte dos dois cardeais, o Colégio Cardinalício é formado agora por 213 cardeais, dos quais 118 eleitores e 95 não eleitores.