Com participantes do Sínodo dos Bispos, Papa participou de momento de oração pelos migrantes e refugiados que perderam suas vidas ao longo das diversas rotas migratórias mundo afora
Thiago Coutinho
Da redação
Papa reza pelos migrantes e refugiados próximo ao monumento ‘Anjos Inconscientes’ / Foto: Remo Casilli – Reuters
Os participantes do Sínodo dos Bispos, com o Papa Francisco, reuniram-se nesta quinta-feira, 19, na Praça São Pedro, próximos à escultura Anjos Inconscientes, monumento em homenagem aos refugiados, para um momento de oração. Os bispos e o Sucessor de Pedro dedicaram este momento a todos os migrantes que perderam suas vidas visando alcançar condições melhores em outro continente.
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.: Íntegra da reflexão do Papa no momento de oração
No início de sua reflexão, Francisco citou São Lucas e a parábola encontrada em cf. Lc 10,25-37. “A mesma está também no centro da Encíclica Fratelli tutti, porque é uma chave, eu diria a chave, para passar dum mundo fechado a um mundo aberto, dum mundo em guerra a um mundo em paz. Escutamo-la, nesta tarde, pensando nos migrantes aqui representados nesta grande escultura, com homens e mulheres das mais variadas idades e proveniência”, disse.
O Santo Padre lamentou as condições e a vida difícil que os migrantes passam para encontrar uma vida melhor. “Acabam sequestrados, prisioneiros, explorados e reduzidos à escravidão. São humilhados, torturados e estuprados. Muitos morrem, sem nunca chegar à meta. As rotas migratórias do nosso tempo estão cheias de homens e mulheres feridos e abandonados semimortos, cheias de irmãos e irmãs cujo sofrimento brada aos olhos de Deus”, observou.
Papa Francisco, na Praça de São Pedro, ora pelos migrantes e refugiados / Foto: Reprodução Vatican News
Ajuda e acolhida
“Permitam-me assinalar aqui a urgência doutra ação, que não está contemplada na parábola [de São Lucas]”, continuou Francisco. “Temos todos de nos comprometer em tornar mais segura a estrada, para que os viandantes de hoje não caiam vítima dos salteadores”, acrescentou. Para Francisco, é necessário ampliar os canais migratórios regulares e, especialmente, colocar os mais vulneráveis no centro desses canais de ajuda.
“E é preciso também promover uma abordagem comum e corresponsável da governação dos fluxos migratórios, que parecem destinados a aumentar nos próximos anos”, finalizou.
Em seguida, o Santo Padre pediu um momento de silêncio pelas vidas perdidas desses migrantes.
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