Após celebrar a Missa de Páscoa na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco dirigiu-se ao balcão central da Basílica Vaticana para ler sua mensagem de Páscoa
Kelen Galvan
Da redação, com Rádio Vaticano
Na Mensagem de Páscoa proclamada pelo Papa Francisco neste domingo, 20, o Santo Padre destacou que a Ressurreição de Jesus é a Boa Nova por excelência, pois se “Cristo não tivesse ressuscitado, o Cristianismo perderia seu valor”.
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.: Mensagem de Páscoa do Papa na íntegra
Francisco disse que a mensagem que os cristãos levam ao mundo é esta: “Jesus, o Amor encarnado, morreu na cruz pelos nossos pecados, mas Deus Pai ressuscitou-O e fê-Lo Senhor da vida e da morte. Em Jesus, o Amor triunfou sobre o ódio, a misericórdia sobre o pecado, o bem sobre o mal, a verdade sobre a mentira, a vida sobre a morte”.
E diante de cada situação humana, marcada pela fragilidade, pelo pecado e pela morte, esta Boa Nova é um testemunho de amor gratuito e fiel. “É sair de si mesmo para ir ao encontro do outro, é permanecer junto de quem a vida feriu, é partilhar com quem não tem o necessário, é ficar ao lado de quem está doente,é idoso ou excluído”, explicou o Papa.
O Pontífice ressaltou que o Amor é mais forte, Ele que dá a vida, que faz o florescer a esperança no deserto.
E dirigindo-se em oração ao Senhor ressuscitado, o Santo Padre pediu que ajude o Seu povo a vencer a chaga da fome, “agravada pelos conflitos e por um desperdício imenso de que muitas vezes somos cúmplices”. E que os torne capazes de proteger os indefesos, “sobretudo as crianças, as mulheres e os idosos, por vezes objeto de exploração e de abandono”.
De modo especial, o Papa pediu ao Senhor que auxilie as pessoas para que possam cuidar dos irmãos atingidos pela epidemia do ebóla em Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria, e “daqueles que são afetados por tantas outras doenças que se difundem também pela negligência e a pobreza extrema”.
Francisco rezou ainda pelas numerosas pessoas, sacerdotes e leigos, que foram sequestradas em diferentes partes do mundo, e pelos migrantes, que deixaram as suas terras para irem a lugares onde possam esperar um futuro melhor, viver a própria vida com dignidade e, não raro, professar livremente a sua fé.
Pediu o fim de toda guerra, de toda hostilidade grande ou pequena, antiga ou recente. Em particular, pela Síria, “para que quantos sofrem as consequências do conflito possam receber a ajuda humanitária necessária e as partes em causa cessem de usar a força para semear morte, mas tenham a audácia de negociar a paz, há tanto tempo esperada”.
O Papa pediu conforto às vítimas das violências fratricidas no Iraque e amparo às esperanças suscitadas pela retomada das negociações entre israelenses e palestinos.
Paz também para a Ucrânia, para a República Centro-Africana, para a Nigéria e o Sudão do Sul. Pediu também pela reconciliação e concórdia na Venezuela.
“Pedimo-Vos, Senhor, por todos os povos da terra: Vós que vencestes a morte, dai-nos a vossa vida, dai-nos a vossa paz!”, rezou o Santo Padre
Por fim, Papa Francisco concedeu a Indulgência Plenária aos presentes e a quantos acompanhavam pelos meios de comunicação, agradecendo a todos pela presença, pela oração e pelo testemunho.