“O caminho do mal é um caminho que tira sempre a esperança, também à gente honesta e trabalhadora”, afirmou Francisco em Nápoles
Da redação, com Agência Ecclesia
O Papa Francisco iniciou hoje a sua visita de nove horas a Nápoles, após uma passagem por Pompeia, condenando a ação da Máfia e mostrando a sua preocupação com o desemprego.
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“Quem segue voluntariamente o caminho do mal rouba um bocado de esperança, pode ganhar alguma coisinha, mas rouba a esperança a si próprio, aos outros, à sociedade. O caminho do mal é um caminho que tira sempre a esperança, também à gente honesta e trabalhadora”, disse, perante milhares de pessoas reunidas no bairro de Scampia, no subúrbio da cidade italiana.
O encontro começou com vários testemunhos, incluindo o de um trabalhador, que o Papa comentou, lembrando os números do desemprego juvenil.
“Isto é grave. O que faz um jovem sem trabalho, que futuro tem, que caminho escolhe? Esta é uma responsabilidade, não só da cidade ou do país mas também do mundo. Porquê? Porque há um sistema econômico que descarta as pessoas”, alertou.
Retomando uma reflexão que tem acompanhado o atual pontificado, Francisco recordou a importância de poder “levar o pão para casa, ganhá-lo”, como forma de manter a “dignidade”.
“Esta falta de trabalho rouba-nos a dignidade. Temos de lutar contra isto, temos de defender a dignidade dos cidadãos, dos homens, das mulheres, dos jovens. Este é o drama do nosso tempo”, declarou.
Francisco entrou em diálogo com a multidão para perguntar se os imigrantes eram “seres humanos de segunda classe” e questionou de novo a exploração dos trabalhadores, ameaçados pelo desemprego.
“Isto chama-se escravidão, isto chama-se exploração, isto não é humano, isto não é cristão”, lamentou.
O Papa alertou para as várias formas de corrupção, que “fede”, como os animais em decomposição, convidando todos a seguir pelo caminho do bem, promovendo a “limpeza da cidade, da sociedade”.
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