Audiência

É preciso semear boas ideias para produzir boas obras, frisa Papa

Francisco recebeu neste sábado, 21, no Vaticano, os leitores e membros da revista “Família cristã”

Da redação, com Vatican News

 

 

 

 

Imagens de Roger Ferrari e Vatican Media / Foto: Daniel Ibanez – CNA

O Papa Francisco recebeu, na manhã deste sábado, 21, no Vaticano, leitores e membros da revista “Família Cristã”. Ela é a revista católica mais difundida na Itália e festeja 90 anos de atividades. “É como uma boa avó, que viu de tudo na sua vida, mas também adquiriu sabedoria”, disse o Pontífice

Tudo nasceu do espírito apostólico do Beato Tiago Alberione, recordou o Papa, que queria uma revista que levasse às famílias uma visão cristã da realidade, da atualidade, dos grandes temas do mundo e da Igreja. Neste seu projeto, envolveu toda a Família Paulina: os sacerdotes, encarregados da sua direção e edição; os religiosos, da fase técnica de imprensa; as irmãs, para a divulgação nas casas dos católicos; e, todos juntos, para a sensibilização nas paróquias. Mas, logo, esta forma de colaboração se ampliou aos jornalistas e especialistas em todos os setores.

O Santo Padre recordou o que Padre Alberione dizia aos seus jovens sacerdotes, em 1915: “É preciso semear boas ideias para que produzam boas obras: ideias religiosas, sociais, econômicas, de virtude e higiene. Trata-se de um talento que Deus nos dá: por isso, deve produzir frutos”.

Dirigindo-se à grande Família Paulina, Francisco disse: “Queridos amigos, os leitores e as leitoras, ou seja, vocês são o verdadeiro patrimônio de uma revista como a Família Cristã. De fato, a direção, a redação e os jornalistas sempre fomentaram o contato com as pessoas. Esta relação deve ser mantida também na transformação digital da nossa época”.

Visita de Deus aos lares

O Pontífice citou ainda a ideia do fundador das Edições Paulinas: “É preciso começar a levar o cinema às paróquias e fazer assinaturas de revistas católicas. A revista católica deve ser como uma visita que Deus faz aos lares”.

O Santo Padre destacou as principais diretrizes editoriais dos Paulinos: “Cuidar das relações, como chave prática da comunicação, e das redes, como lugares de colaboração, significados e conteúdos; buscar novas formas de presença e ação, ligadas não tanto aos meios, mas, sobretudo, à cultura e à nova gramática da comunicação; este serviço deve ser prestado a todo o Povo de Deus, de modo particular, aos homens e mulheres, que vivem nas periferias”.

Tais diretrizes, explicou o Papa, são sempre válidas, mas devem ser atualizadas, segundo as orientações da evangelização. “Hoje, abrem-se, diante de nós, sobretudo dois caminhos: o da fraternidade e o da ecologia integral. Mas o método permanece sempre o mesmo: diálogo e escuta, que permitem cultivar as relações”.

Sobre o diálogo, disse ainda Francisco, é preciso saber que não deve ser reduzido a um mero intercâmbio de dados ou informações, e que a relação com o outro não deve se limitar apenas a uma conexão. Um simples contato não pode ser confundido como sinal de diálogo e interação ou simples troca de mensagens, com uma verdadeira comunicação.

Deixar-se transformar

Por fim, o Pontífice disse aos Paulinos que “para conhecer os interlocutores da sua missão e se aproximar deles, o comunicador deve fazer um caminho de ‘saída’, mudando, se necessário, suas atitudes e mentalidade. Eis o exemplo do apóstolo Paulo, que ao comunicar o Evangelho criou relacionamentos e comunidades”.

Esta será também a direção do próximo Capítulo Geral dos membros da Sociedade de São Paulo: “Deixem-se transformar, renovando seu modo de pensar”, ou seja, vocês são chamados a ser artesãos de comunhão para anunciar profeticamente a alegria do Evangelho na cultura da comunicação.

O Santo Padre concluiu seu pronunciamento pedindo para rezar pela revista “Família Cristã” e os outras tantas revistas, livros, televisão, multimídia e atividades educativas, na Itália e no mundo, para que sejam sempre renovados, segundo o Evangelho, com o zelo do apóstolo Paulo.

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