Francisco destacou que o ser humano deve ser humilde e pedir a Deus a graça de uma vida fecunda
Da Redação, com Rádio Vaticano
A humildade é necessária para a fertilidade. Essa foi a reflexão proposta pelo Papa Francisco na Missa celebrada, nesta quinta-feira, 19, na Casa Santa Marta. O Santo Padre afirmou que a intervenção de Deus vence a esterilidade da vida humana e a torna fértil. Ele também alertou para a atitude de soberba que torna o ser humano estéril.
Francisco comentou as leituras do dia, em especial o Evangelho que traz o exemplo de Isabel, uma mulher que era estéril, mas teve um filho: João. Ele destacou que, várias vezes, na Bíblia, aparecem mulheres estéreis ou sem esperança a quem Deus deu o dom da vida.
“O Senhor intervém na vida dessas mulheres para nos dizer: ‘Eu sou capaz de dar vida’. Também na vida dos profetas há a imagem do deserto, da terra deserta incapaz de fazer crescer uma árvore, um fruto, de fazer brotar qualquer coisa. ‘Mas o deserto será como uma floresta – dizem os profetas – será grande, florescerá’. Mas o deserto pode florescer? Sim. A mulher estéril pode dar vida? Sim. Aquela promessa do Senhor: Eu posso!”.
Segundo o Papa, a salvação é propriamente isto: a intervenção de Deus que torna o ser humano fértil, que dá a ele a capacidade de dar a vida. Isso, porque, sozinho, o homem não é capaz de fazê-lo, embora, muitas vezes, já tenha pensado em sua capacidade de salvar a si mesmo.
“É a intervenção de Deus que nos traz a salvação, que nos ajuda no caminho da santidade. Somente Ele pode. Mas, da nossa parte, o que fazer? Primeiro: reconhecer a nossa secura, a nossa incapacidade de dar a vida. Segundo, pedir: ‘Senhor, eu quero ser fértil. Eu quero que a minha vida dê vida, que a minha fé seja fecunda e siga adiante para que eu possa dá-la a outros. Senhor, eu sou estéril, eu não posso, Tu podes’”.
Essa oração, segundo o Pontífice, é oportuna em especial nestes dias que antecedem o Natal. Ele convidou todos a pensarem nas pessoas soberbas, que acreditam poder fazer tudo por si mesmas, e destacou que a humildade é necessária para a fertilidade.
“A humildade de dizer ao Senhor: ‘Senhor, sou estéril, sou um deserto’. E, com esta humildade do deserto, a humildade da alma estéril, receber a graça, a graça de florescer, dar frutos, dar vida”.