Na homilia de hoje, Papa explicou que é preciso bater na porta de Deus e pedir a graça com a oração
Da redação, com Rádio Vaticano
Na manhã de quinta-feira, 12, o Papa Francisco presidiu a Missa na Basílica de Santa Maria Maior pelo centenário da Congregação para as Igrejas Orientais.
A Congregação foi instituída em 1º de maio de 1917 por Bento XV, e em sua homilia, o Papa Francisco iniciou lembrando que aquele era o período da I Guerra Mundial. “Como já disse no passado, nós vivemos hoje uma outra guerra mundial, em pedaços. Vemos muitos irmãos e irmãs cristãos das Igrejas Orientais sofrendo dramáticas perseguições, numa diáspora cada vez mais inquietadora”.
Interpretando esta realidade a partir da leitura do livro de Malaquias (cf Ml 3,13-20a), que a liturgia propõe neste dia, Francisco afirmou que os tantos ‘por que?’ de então se assemelham aos nossos questionamentos atuais.
“Quantas vezes vemos maldosos que sem escrúpulos fazem seus interesses, pisoteiam os outros… parece que tudo corre bem para eles: obtêm o que querem e pensam apenas em desfrutar a vida. Aí surge a pergunta: “Por que, Senhor?”.
Inspirado no livro do profeta, o Papa respondeu que “Deus não esquece de seus filhos; sua memória é para os justos, para aqueles que sofrem, que são oprimidos e mesmo assim, não deixam de confiar no Senhor”.
Assim como a Virgem Maria, que se questionava ‘por que’ e no seu coração a graça de Deus fazia resplandecer a fé e a esperança, nós podemos rezar, com a coragem da fé, tendo confiança de que o Senhor nos escuta.
No trecho de Malaquias, Jesus, como um pai, nos dá um dom ‘a mais’: o Espírito Santo.
“O homem bate na porta de Deus para pedir a graça com a oração. E ele, que é Pai, nos dá a graça e mais ainda: o dom, o Espírito Santo”.
Terminando, o Papa exortou os membros da Congregação para as Igrejas Orientais a ‘bater’ no coração de Deus, rezando com coragem: “Que esta oração inspire e nutra também o seu serviço na Igreja. Assim, o seu esforço dará dá fruto no devido tempo e vocês serão como árvores, cujas folhas nunca murcham”.