Francisco recebeu nesta manhã teólogos que participam de uma sessão plenária no Vaticano
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira, 6, membros da Comissão Teológica Internacional. Eles participam de uma sessão plenária no Vaticano sobre a relação entre monoteísmo e violência.
“Deus não é uma ameaça para o homem! A fé no Deus uno e três vezes santo não é e jamais pode ser geradora de violência e de intolerância. Pelo contrário, o seu caráter altamente racional lhe confere uma dimensão universal, capaz de unir os homens de boa vontade. Por outro lado, a Revelação definitiva de Deus em Jesus Cristo torna impossível recorrer a qualquer violência ‘em nome de Deus’.”
Francisco definiu os teólogos como pioneiros do diálogo da Igreja com as culturas. Sobre a temática debatida pela Comissão, o Papa reiterou que a Revelação de Deus constitui realmente uma Boa Nova para todos os homens. Segundo ele, a Igreja é a primeira que deve viver em si mesma a mensagem social que oferece ao mundo, através de relações fraternas entre os fiéis, da autoridade como serviço, da compartilha com os pobres.
“O teólogo, então, deve permanecer em escuta da fé vivida dos humildes e dos pequenos, aos quais o Pai revelou aquilo que escondeu aos doutros e aos sábios”, disse o Papa, citando Bento XVI.
Com relação à missão do teólogo, o Pontífice disse que esta é, ao mesmo tempo, fascinante e de risco. É fascinante porque a busca e o ensinamento da Teologia podem se tornar um verdadeiro caminho de santidade. Mas é de risco porque comporta tentações: a aridez do coração, o orgulho e até mesmo a ambição.
“Aproximar-se dos pequenos e dos pobres ajuda a se tornar mais inteligente e mais sábio. Não se trata de propaganda jesuítica, mas penso em Santo Inácio de Loyola, que aos professos pedia o voto de ensinar catequese às crianças para entender melhor a sabedoria de Deus”, disse o Papa, que concluiu:
“Que Nossa Senhora permita a todos os teólogos e teólogas crescer no espírito de oração e devoção e, assim, com profundo sentido de humildade, serem verdadeiros servidores da Igreja.”