SOLIDARIEDADE

Deem voz àqueles que sofrem injustiças, pede Papa à Cáritas

Presidentes das várias Cáritas nacionais na América Latina e Caribe estão em Roma para um curso de formação e se encontraram com Francisco antes da Audiência Geral

Da redação, com Vatican News

Foto: Alessia Giuliani/ IPA Sipa USA via Reuters

Antes da Audiência Geral desta quarta-feira, 15, o Papa recebeu os presidentes nacionais da Cáritas da América Latina e do Caribe, presentes em Roma para o segundo curso de treinamento. A finalidade é consolidar os processos destinados a criar essa cultura de cuidado conhecida como “salvaguarda”.

Francisco se deteve no significado desta palavra segundo a Real Academia Linguística, que a definecomo “custódia, proteção, garantia”. No entanto, há outra definição que chamou a atenção do Santo Padre: “Sinal que, em tempos de guerra, é colocado, por ordem dos comandantes militares, na entrada das aldeias ou nas portas das casas, para que seus soldados não as machuquem”.

Para o Pontífice, esta definição remete aos textos do profeta Ezequiel (9,4) e do Apocalipse (7,3), em que o Senhor pede ao seu anjo: “Marque com um sinal a testa daqueles que choram e se lamentam por causa de todas as abominações que são cometidas”.

“O Senhor pede a nós, seus enviados, que coloquemos o sinal de sua cruz abençoada na testa de todos aqueles que vêm à nossa Caritas, gemendo e lamentando por tantas injustiças, até mesmo abominações, perpetradas contra eles”, comentou o Santo Padre.

Colocar “virtualmente” esse sinal em cada pessoa assistida, em cada profissional, em cada ser humano que encontramos, é reconhecer neles sua dignidade de irmãos e irmãs em Cristo, como redimidos pelo sangue do Salvador, ver neles a ferida aberta do Redentor que nos oferece sua mão estendida para que possamos reconhecer o mistério de sua encarnação.

“Que Jesus recompense todos os seus esforços, que o Espírito Santo guie seus trabalhos e que a Virgem Santa os cubra com seu manto, para que aprendam com ela a levar cuidado e proteção a todos os homens”, concluiu o Papa.

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