Papa alertou sobre o risco dos cristãos transformarem a fé em ideologia e acabarem fechando as portas que conduzem a Deus
Da Redação, com Rádio Vaticano
Ao se tornar discípulo de ideologias o cristão perde a fé. Foi o que destacou o Papa Francisco na Missa desta quinta-feira, 17, na Casa Santa Marta.
O Pontífice advertiu os cristãos para a atitude de “chave no bolso e porta fechada”. E reiterou que, quando não se reza, abandona-se a fé e se cai na ideologia e no moralismo, pois a oração é a chave que abre a porta da fé.
“Hoje Jesus nos fala desta imagem de fechamento, é a imagem daqueles cristãos que têm em mãos as chaves, mas as levam embora e não abrem a porta. Pior ainda: param na porta e não deixam ninguém entrar, dessa forma nem mesmo eles entram. A falta de testemunho cristão faz isso”, observou Sua Santidade.
O Papa explicou que isso acontece quando a fé se transforma em ideologia. Jesus não está nas ideologias, que são sempre rígidas. E essas ideologias, segundo afirmou o Santo Padre, assustam e afastam as pessoas da Igreja. “É uma doença grave esta dos ‘cristãos ideológicos’”.
E destacou que o motivo que leva os cristãos a se tornarem assim é a perda da fé e a falta de oração, pois a chave que abre a porta da fé é justamente a oração.
“Quem não reza é um soberbo, um orgulhoso, seguro de si mesmo. Não é humilde. Procura a própria promoção. Por outro lado, quando um cristão reza, ele não se afasta da fé e fala com Jesus”.
Francisco salientou, por fim, que há uma diferença entre rezar e dizer orações. Ao rezar, o cristão fala com Deus de coração para Coração. “Peçamos ao Senhor a graça de primeiramente não deixarmos de rezar, para não perdermos a fé e permanecermos humildes. Dessa forma, não nos tornaremos pessoas fechadas, que fecham o caminho dos demais para o Senhor”.