Francisco destacou força e coragem de Nossa Senhora das Dores, que permaneceu aos pés da cruz, não renegou seu Filho
Da redação, com Rádio Vaticano
O primeiro compromisso do Papa Francisco na manhã desta sexta-feira, 15, foi a celebração da Missa na capela da Casa Santa Marta.
Em sua homilia, o Pontífice convidou os fiéis a contemplarem Nossa Senhora das Dores, aos pés da Cruz, no dia em que a Igreja recorda a sua memória:
“Contemplar a Mãe de Jesus, contemplar este sinal de contradição, porque Jesus é o vencedor, mas sobre a Cruz, sobre a Cruz. É uma contradição, não se compreende… É preciso fé para entender, pelo menos para se aproximar deste mistério”.
Maria sabia disso e “toda a vida viveu com a alma transpassada”. Seguia Jesus e ouvia os comentários das pessoas, às vezes a favor, às vezes contra, mas sempre esteve atrás de seu Filho. E “por isso dizemos que é a primeira discípula”, destacou Francisco.
Maria tinha a inquietação que fazia nascer no seu coração este “sinal de contradição”.
No final, ficava ali, em silêncio, sob a Cruz olhando o Filho. Talvez, ouvia comentários do tipo: “Olha, aquela é a Mãe de um dos três delinquentes”. Mas Ela “mostrou o rosto pelo Filho”:
“Aquilo que digo agora são pequenas palavras para ajudar a contemplar, em silêncio, este mistério. Naquele momento, Ela deu à luz a todos nós: deu à luz a Igreja. ‘Mulher’ – Lhe diz o Filho – ‘eis os teus filhos’. Não diz ‘mãe’: diz ‘mulher’. Mulher forte, corajosa; mulher que estava ali para dizer: ‘Este é meu Filho: não O renego’”.
Portanto, o trecho do Evangelho é mais para contemplar do que para refletir. “Que seja o Espírito Santo – conclui – a dizer a cada um de nós aquilo de que precisamos”.