Dom Raymundo Damasceno recordou que, ainda em vida, o Papa João Paulo II era aclamado pelas multidões como santo
Kelen Galvan
Da Redação, com colaboração de André Alves
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno de Assis, e cardeal arcebispo de Aparecida (SP), expressou nesta sexta-feira, 5, a alegria pelo anúncio da futura canonização dos Beatos João Paulo II e João XXIII.
Dom Damasceno recordou que conheceu pessoalmente o Papa João XXIII durante o período em que era estudante em Roma.
“Foi ele que iniciou o Concílio Vaticano II, esse grande evento da Igreja, talvez, o maior no século XX, e que preparou a Igreja para o século XXI. O Papa conhecido como ‘Papa bondoso’, simples, um pastor que realmente teve essa grande inspiração de realizar o Concílio, que deu os rumos para a Igreja”.
Missão que, segundo o Cardeal, teve continuidade com o Papa João Paulo II. “Na medida em que, o Papa João Paulo II foi aquele que, de certo modo, juntamente com Paulo VI, procurou implementar as conclusões do Concílio Vaticano II”.
Dom Damasceno relembrou que a fama de santidade de JPII se destacava entre as pessoas ainda em vida e, após sua morte, a multidão reunida na Praça de São Pedro, no Vaticano, o aclamava: “Santo Súbito”.
O Cardeal explicou que, mesmo assim, a Igreja, em sua prudência, aguardou todo o processo até a verificação e comprovação dos milagres que o levaram à beatificação e agora, à canonização.
“Uma vez concluído esse processo, com o reconhecimento do milagre, ele será canonizado”, afirmou.