115 Cardeais eleitores já estão na Capela Sistina para iniciarem o processo de escolha do novo Papa
Mirticeli Medeiros
Enviada especial a Roma
Às 15h45 (11h45, no horário de Brasília), os cardeais transferiram-se do Domus Santae Marthae, onde estão hospedados, para o Palácio Apostólico, onde se desenvolverão os trabalhos do Conclave. Às 16h30 (12h30 no Brasil) eles fizeram a procissão da Capela Paolina à Capela Sistina entoando a Ladainha de Todos os Santos e o tradicional Veni Creator Spiritus, uma invocação ao Espírito Santo composta no século IX que também é cantada em outros momentos litúrgicos solenes. Toda a cerimônia é presidida pelo vice-decano do Colégio Cardinalício, Cardeal Giovanni Batista Re.
Juramento
Às 16h54 (12h54 no Brasil), os 115 cardeais eleitores fizeram um juramento, através do qual prometem votar – sem sofrer qualquer influência – naquele que será o melhor para a Igreja. Um trecho do referido juramento diz o seguinte: “Sobretudo, prometemos e juramos observar com a máxima fidelidade e com todos, seja clérigo ou leigo, o segredo sobre tudo aquilo que de alguma forma esteja relacionado à eleição do Sumo Pontífice (…) Não prestarei nenhum apoio ou favor de qualquer que seja a interferência, oposição ou qualquer outra forma de intervenção com a qual autoridades seculares de qualquer ordem ou grau, grupo de pessoas ou particulares que queiram interferir na eleição do Sumo Pontífice”.
Ao final do juramento, feito em grupo, cada cardeal diz: “E eu (nome), Cardeal (nome), prometo, me obrigo e juro”.
Em seguida, os cardeais fazem o juramento individual. Com a mão sobre os Evangelhos, eles pronunciam estas palavras em latim: “Et ego N. Cardinális N. spóndeo, vóveo ac iuro. Sic me Deus ádiuvet et hæc Sancta Dei Evangélia, quæ manu mea tango.” (Eu (nome), Cardeal (nome), prometo, me obrigo e juro. Que Deus me ajude e também estes Santos Evangelhos que toco com minhas mãos).
Após este ato, é proclamado o Extra Omnes, uma expressão latina que ordena que todos, exceto os cardeais eleitores, deixem a Capela Sistina. O momento foi conduzido pelo mestre das celebrações litúrgicas do Sumo Pontífice, Mons. Guido Marini.