Francisco explicou o real sentido desse dom que tem relação direta com a mansidão: “estar a serviço dos outros com mansidão”
Da Redação, com Rádio Vaticano
Nesta quarta-feira, 4, o Papa Francisco retomou sua catequese sobre os dons do Espírito Santo. Desta vez, ele falou sobre a piedade. Segundo ele, este é um dom que, muitas vezes, é incompreendido ou considerado de modo superficial.
Cerca de 40 mil fiéis lotaram a Praça São Pedro, esta manhã, para a Audiência Geral. Francisco logo esclareceu que o dom da piedade não se identifica com o sentimento de compaixão por alguém, mas indica a pertença a Deus e o elo profundo com Ele, um elo que dá sentido à vida.
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“(Essa ligação) Não deve ser entendida como um dever ou uma imposição. Trata-se, em vez disso, de uma relação vivida com o coração: é a nossa amizade com Deus, doada a nós por Jesus, uma amizade que muda a nossa vida e nos enche de entusiasmo, de alegria.”
E se esse dom do Espírito Santo faz crescer na relação e na comunhão com Deus, ao mesmo tempo ajuda a dirigir esse amor também aos outros. Agindo dessa forma, o homem é movido por sentimentos de piedade, não de pietismo.
“Por que não digo pietismo? Porque algumas pessoas pensam que ter piedade é fechar os olhos e fazer cara de santo. Fazer de conta que é um santo. Mas este não é o dom da piedade. Em vez disso, é o que nos torna capazes de nos alegrarmos com quem se alegra, chorar com quem chora, estar próximo de quem está só ou angustiado, corrigir quem está no erro, consolar quem está aflito, acolher quem passa necessidade. Há uma relação muito estreita entre o dom da piedade e da mansidão que nos faz tranquilos, pacientes, em paz com Deus e a serviço com mansidão dos outros”.
Francisco concluiu a catequese evocando de Deus esse dom do Espírito Santo para que o homem possa vencer seu temor e suas incertezas e se tornar testemunha alegre de Deus e do Seu amor, adorando o Senhor e servindo ao próximo. “Que Ele dê a todos este dom da piedade”.