Sacramento da Crisma

Papa na catequese: a marca espiritual da Crisma é indelével

Santo Padre deu continuidade ao ciclo de reflexões sobre o sacramento da Crisma

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Na Praça São Pedro, Papa fala semanalmente aos fiéis às quartas-feiras, a tradicional catequese / Foto: Reprodução Yotube – Vatican News

Na catequese desta quarta-feira, 30, o Papa Francisco refletiu sobre a conexão entre o sacramento do Crisma e a iniciação cristã, dando continuidade, assim, ao ciclo de catequeses sobre o sacramento da Confirmação. 

“Antes de receber a unção espiritual que confirma e reforça a graça do Batismo, os crismandos são chamados a renovar as promessas feitas um dia pelos pais e padrinhos”, explicou o Papa, destacando que nesse momento são os próprios crismandos a professar a fé da Igreja.

Uma vez que a vinda do Espírito Santo requer corações recolhidos em oração, Francisco observou o momento em que o bispo estende a mão sobre os crismandos e pede a Deus para infundir o seu santo Espírito Paráclito. Trata-se de um só Espírito, que traz a riqueza dos sete dons: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus.

“O único Espírito distribui os múltiplos dons que enriquecem a única Igreja: é o Autor da diversidade, mas ao mesmo tempo o Criador da unidade. Assim o Espírito dá todas essas riquezas que são diversas, mas do mesmo modo faz a harmonia, isso é, a unidade de todas essas riquezas espirituais que temos nós cristãos”.

Outro ponto abordado pelo Santo Padre foi o significado do óleo – o crisma – utilizado na celebração. O óleo, explicou, é uma substância terapêutica e cosmética, que entra nos tecidos do corpo, cura as feridas e perfuma os membros. Por essas qualidades, foi assumido pelo simbolismo litúrgico para expressar a ação do Espírito Santo que consagra e permeia os batizados.

“Recebendo na fronte o sinal da cruz com o óleo perfumado, o crismando recebe, portanto, uma marca espiritual indelével, o ‘caráter’, que o configura mais perfeitamente a Cristo e lhe dá a graça de espalhar entre os homens o seu ‘bom perfume’”.

O Papa concluiu a catequese destacando o Espírito Santo como um dom a acolher com gratidão. “É um dom a proteger com cuidado, a respeitar com docilidade, deixando-se plasmar, como cera, pela sua caridade ardente, para refletir Jesus Cristo no mundo de hoje”, concluiu.

 

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