Na catequese desta quarta-feira, 16, Francisco refletiu sobre a característica vivificante do Espírito Santo que traz a esperança da vida eterna aos fiéis
Da Redação, com Vatican News
Na Audiência Geral desta quarta-feira, 16, o Papa Francisco prosseguiu com o ciclo de reflexões sobre o Espírito Santo. O Pontífice destacou, em sua catequese, como o Espírito de Deus se manifesta nas Escrituras e atua na Igreja ao longo da história.
No início de sua fala aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Santo Padre recordou que, durante os primeiros três séculos, a Igreja não havia formulado explicitamente sua fé no Espírito Santo, até que as heresias obrigaram os concílios a esclarecer a doutrina.
No Concílio de Constantinopla, em 381, foi definida a divindade do Espírito Santo por meio da afirmação: “Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai [e do Filho]; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado”. Diante disso, Francisco sublinhou a importância de reconhecer que o Espírito Santo compartilha da mesma divindade do Pai e do Filho, sendo Ele adorado e glorificado na mesma medida.
Espírito que dá a vida e traz esperança
O Papa salientou que a afirmação central sobre o Espírito Santo no Credo é que Ele “dá a vida”. Ao explicar esse ponto, mencionou que, no início da criação, o sopro de Deus deu vida a Adão, transformando-o de um homem de barro em um ser vivente (Gn 2,7). “Na nova criação, o Espírito Santo é Aquele que dá aos crentes a vida nova, a vida de Cristo, uma vida sobrenatural, a vida dos filhos de Deus”, disse o Pontífice.
A vida nova no Espírito, segundo o Santo Padre, é a grande esperança dos cristãos, pois se trata de vida eterna. Francisco destacou que o Espírito Santo liberta os fiéis do medo de que tudo termine com a morte terrena, indicando que “a fé liberta-nos do horror de ter de admitir que tudo termina aqui, que não há redenção para o sofrimento e a injustiça que reinam soberanos na terra”.
Ao concluir, o Papa incentivou os fiéis a conservar a fé no Espírito Santo, principalmente em tempos de dúvida e dificuldade, e a agradecer pelo dom da vida eterna que Jesus nos concedeu com sua morte e ressurreição. “Cultivemos esta fé também para aqueles que, muitas vezes, sem culpa própria, dela carecem e são incapazes de dar sentido à vida. E não nos esqueçamos de agradecer Àquele que, com a sua morte, nos obteve este dom inestimável”, finalizou.