Francisco encontrou com seminaristas nesta segunda-feira, 9, no Vaticano; Pontífice indicou aspectos que auxiliam na preparação ao sacerdócio
Da redação, com Vatican News
Na manhã desta segunda-feira, 9, o Papa Francisco recebeu os seminaristas do Pontifício Seminário Regional Flamínio “Bento XV” da cidade de Bolonha, durante o qual o Papa refletiu sobre a beleza do chamado ao sacerdócio ministerial. Para responder ao chamado, o Santo Padre recordou que a Igreja pede que seja feito um “percurso formativo” que somente o ambiente do Seminário pode oferecer.
Nesta perspectiva o Pontífice indicou aos jovens três aspectos que “identificam este lugar e o tempo de formação e de preparação ao sacerdócio: casa da oração, casa de estudo e casa de comunhão”. Sobre o seminário como casa de oração, Francisco afirmou: “O seminário é antes de tudo a casa da oração, onde o Senhor ainda convoca os ‘seus’ em lugar ‘apartado’ para viver uma experiência forte de encontro e de escuta”.
O Papa observou ainda que as pessoas precisam encontrar no sacerdote a fé robusta que é como uma chama na noite e como uma rocha onde se agarrar. Sobre esta fé, o Pontífice indicou que deve ser cultivada principalmente na relação pessoal, coração a coração, com a pessoa de Jesus.
O segundo aspecto que identifica o Seminário é o do estudo. O estudo, explica o Santo Padre, é um instrumento privilegiado de um conhecimento sapiencial e científico, que pode garantir fundamentos sólidos a toda a estrutura da formação dos futuros presbíteros. Francisco recorda: “No seminário estuda-se em conjunto para uma missão comum, e isso dá um ‘sabor’ todo especial ao aprendizado da Sagrada Escritura, da teologia, da história, do direito e de cada disciplina”.
Por fim, o Papa falou sobre a terceira dimensão: o seminário como casa de comunhão. “Também este aspecto é ‘transversal’ como os outros dois. Parte de uma base humana de abertura aos outros, de capacidade de escuta e de diálogo, e é chamado a assumir a forma da comunhão presbiteral em torno do Bispo e sob sua guia. (…) A caridade pastoral do padre não pode ser acreditável se não for precedida e acompanhada pela fraternidade, primeiro entre os seminaristas e depois entre os presbíteros”
O Pontífice disse aos seminaristas que gostaria muito que fossem sempre consideradas as “quatro aproximações” fundamentais para estar próximos dos sacerdotes diocesanos: “Próximos a Deus na oração, que inicia no seminário; próximos ao bispo, sem o bispo o padre pode ser um líder, mas não será um padre; terceira aproximação: próximos dos presbíteros, entre vocês”. O Santo Padre recordou que este ponto o faz sofrer quando vê presbíteros que falam mal um do outro. E a quarta aproximação: “com o Povo de Deus, por favor, não esqueçam de onde vocês vieram”, reiterou.
Concluindo o encontro Francisco recorda aos seminaristas que “o seminário se qualifica como caminho que educa os candidatos a avaliar todas suas ações com referência a Cristo e a considerar a pertença ao único presbitério como dimensão prévia do agir pastoral e testemunho de comunhão, indispensáveis para servir de modo eficiente o mistério da Igreja e a sua missão no mundo”.