Na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, Francisco enfatizou o amor de Cristo pela humanidade
Da Redação, com Rádio Vaticano
Deixar-se amar pelo Senhor com ternura é difícil, mas é o que se deve pedir a Deus. Este foi o convite lançado pelo Papa Francisco na Missa celebrada na manhã desta sexta-feira, 7, na Casa Santa Marta.
No dia em que a Igreja celebra a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, o Papa falou várias vezes em sua homilia sobre o amor de Jesus pela humanidade. Ele destacou que a solenidade de hoje é festa do amor, de um coração que muito amou e recordou o que dizia Santo Inácio sobre o amor de Jesus: um amor que se manifesta mais nas obras do que nas palavras e é, sobretudo, mais dar do que receber.
“Esses dois critérios são como os pilares do verdadeiro amor de Deus. Ele conhece suas ovelhas uma a uma, porque não se trata de um amor abstrato, mas que se manifesta por cada um de nós”, disse.
Citando um trecho do Livro do Profeta Ezequiel, Francisco evidenciou outro aspecto do amor de Deus: o cuidado pela ovelha perdida e por aquela ferida e doente.
“Ternura! O Senhor nos ama com ternura. O Senhor conhece aquela bela ciência dos carinhos, a ternura. Não nos ama com as palavras. Ele se aproxima e nos dá o amor com ternura. Proximidade e ternura! E este é um amor forte, porque nos faz ver a fortaleza do amor de Deus”.
Francisco explicou ainda que este amor deve fazer-se próximo do outro, deve ser como o do bom samaritano. Ele concluiu dizendo que mais difícil que amar a Deus é deixar-se amar por Ele e que a maneira de retribuir tanto amor é abrir o coração e deixar-se amar.
“Deixar que Ele se faça próximo a nós, deixar que ele nos acaricie. É tão difícil deixar-nos amar por Ele. Talvez isso é o que devemos pedir hoje na Missa: ‘Senhor, eu quero amá-Lo, mas me ensine a difícil ciência, o difícil hábito de deixar-nos amar, de senti-Lo próximo e tenro!’. Que o Senhor no dê esta graça!”.