Cooperadoras Oblatas Missionárias da Imaculada foram recebidas pelo Papa nesta manhã
Da Redação, com Vatican News
“Inseridas no mundo, com o coração imerso em Deus.” Foi assim que o Papa Francisco dirigiu-se às cerca de trinta Cooperadoras Oblatas Missionárias da Imaculada, recebidas na manhã deste sábado, 20, na Sala do Consistório no Vaticano. A ocasião foi um duplo aniversário: o 70º aniversário do nascimento do Instituto e o 20º aniversário de sua aprovação pontifícia.
O Santo Padre exortou-as a serem como o fermento: pequenas escondidas, mas cheias de fé. “Quanto maior a massa a ser fermentada, mais rica deve ser a qualidade do fermento”. Ser consagradas em um Instituto secular, disse Francisco, “significa viver o espírito da Encarnação no tempo e no lugar em que Deus nos colocou”.
Ser como Jesus
O Papa destacou ainda que ser consagradas em um instituto secular não significa refugiar-se em uma “terra de meio”. Na verdade, é seguir o exemplo de Jesus e compartilhar plenamente a condição das pessoas comuns, a rotina diária do trabalho, da casa, das relações de vizinhança. E tudo animado pela luz da fé, pelo calor da caridade e pelo horizonte da esperança.
O chamado das Cooperadoras Oblatas, segundo o Papa, é santificar as atividades seculares para recapitular tudo em Cristo. Um chamado que mostra para elas como modelo a vida oculta de Jesus, cujas ações ordinárias tinham um valor divino, mesmo quando realizadas às escondidas. Daí o convite para viver a secularidade com coragem.
“A profecia da consagração secular é incompatível com o temor de lugares e situações em risco. Pelo contrário, são precisamente estas situações que favorecem tal consagração, lá onde as pessoas sofrem exclusão, marginalização, onde sua dignidade é violada”.
Doar-se
O fundador, São Eugênio de Mazenod, exortava as pessoas a serem santas em nome de Deus. Francisco sugeriu às Cooperadoras Oblatas Missionárias da Imaculada três atitudes para responder a este chamado.
Primeiro: estar prontas, vivendo plenamente no presente, evitando aplausos e sucesso, completamente entregue a Deus e em relação com Ele. “A oração oxigena a vida: assim como não se pode viver sem respirar, também não se pode ser cristão, muito menos um consagrado, sem rezar”.
Segundo. Ser oblatas, entregar-se totalmente a Deus sem reservas como Jesus fez ao “morrer na cruz”, mostrando-nos que “a vida é amor que pede amor”. “Este caminho não é confortável, não é fácil, ele pede para pagar pessoalmente. Mas é o caminho da paz e da alegria”.
Finalmente, como terceira atitude, o Papa sugere ter a mesma confiança em Deus que Maria tinha, imitando-a na escuta e na acolhida da vontade de Deus, “para que sua Palavra também se torne carne em nós”.