Celebração penitencial no Vaticano

A misericórdia de Deus vai além da justiça, diz Papa Francisco

Celebração penitencial: “Quanto maior é o pecado, maior deve ser o amor que a Igreja manifesta para com aqueles que se convertem”, diz Papa

André Cunha
Da redação

O Papa Francisco presidiu na tarde desta sexta-feira, 13, um momento de celebração penitencial, no contexto das “24 horas para o Senhor” – jornada de oração convocada pelo Pontífice em toda a Igreja Católica, nos dias 13 e 14 de março.

Na homilia, Francisco destacou a misericórdia de Deus que se manifesta também e,  principalmente, no Sacramento da Reconciliação. Segundo o Papa, a Confissão permite ao homem aproximar-se de Deus com confiança e na certeza de Seu perdão.

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“Ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus”, afirma o Papa Francisco / Foto: Reprodução CTV

Recordando o episódio de Jesus e a mulher pecadora, trecho do Evangelho proclamado na celebração, o Santo Padre explicou que duas palavras importantes aparecem com insistência: amor e julgamento.

“Não é o amor da mulher pecadora que se humilha diante do Senhor; mas primeiro há o amor misericordioso de Jesus para com ela, que a impulsiona a se aproximar. Para ela não haverá julgamento, exceto o que vem de Deus, e este é um julgamento de misericórdia. O protagonista deste encontro é, certamente, o amor, a misericórdia que vai além da justiça”, afirmou.

Já o fariseu, Simão, outro personagem do texto bíblico, não consegue encontrar o caminho do amor. Isso porque, segundo o Papa, ele permanece parado no “limiar de formalidade”. “Não é capaz de dar o próximo passo para ir ao encontro de Jesus, que traz a salvação. Ele parou na superfície, não foi capaz de olhar para o coração”.

“O chamado de Jesus empurra cada um de nós a não parar na superfície das coisas, especialmente quando estamos lidando com uma pessoa. Somos chamados a olhar além, a nos voltar para o coração, para ver de quanta generosidade somos capazes. Ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus. Quanto maior é o pecado, maior deve ser o amor que a Igreja manifesta para com aqueles que se convertem”, afirmou o Papa.

A celebração penitencial também foi ocasião para que o Santo Padre surpreendesse a todos e anunciasse mais um Jubileu na Igreja: o Ano Santo da Misericórdia.

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“Estou convencido de que toda a Igreja vai encontrar neste jubileu a alegria para redescobrir e fazer frutificar a misericórdia de Deus, com a qual todos somos chamados a dar consolo a todos os homens e mulheres de nosso tempo. Não podemos esquecer de que Deus perdoa sempre!”, concluiu.

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