A Igreja santa acolhe também os pecadores, diz Papa na catequese

Reunido com fiéis na Praça São Pedro, Papa lembrou que a Igreja é santa não por mérito humano, mas pela ação do Espírito Santo

Jéssica Marçal, com Rádio Vaticano
Da Redação

A Igreja santa acolhe também os pecadores, diz Papa na catequese

Papa saúda fiéis antes de iniciar a catequese. Foto: Arquivo

Na catequese desta quarta-feira, 2, o Papa Francisco refletiu sobre a santidade da Igreja. O Santo Padre recordou que esta é uma característica presente, desde o início, na consciência dos primeiros cristãos, porque estes tinham a certeza de que é a ação de Deus, por intermédio do Espírito Santo, que santifica a Igreja.

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Íntegra da catequese

O primeiro ponto explicado pelo Sumo Pontífice foi como a Igreja pode ser santa se é formada por homens pecadores. A resposta vem da reflexão de um trecho da Carta de São Paulo aos Efésios, em que o apóstolo afirma que Cristo amou a Igreja e se deu inteiramente a ela, para torná-la santa.

“É santa [a Igreja] porque é guiada pelo Espírito Santo, que purifica, transforma e renova. Não é santa pelos nossos méritos, mas porque Deus a torna santa, ela é fruto do Espírito Santo e dos dons d’Ele. Não somos nós a torná-la santa: é Deus, é o Espírito Santo, que, no Seu amor, faz santa a Igreja!”.

E essa santidade da Igreja a faz acolher a todos, mesmo os pecadores, chamando todos a se deixarem envolver pela misericórdia de Deus. “Na Igreja, o Deus que encontramos não é um juiz implacável, mas é como o Pai da parábola evangélica. Você pode ser como o filho que deixou a casa, que tocou o fundo do distanciamento de Deus. Quando você tem a força de dizer: ‘Quero voltar para casa’, você encontrará a porta aberta, Deus vem ao seu encontro porque o espera sempre”.

O Santo Padre também afirmou que a Igreja oferece a todos a possibilidade de percorrer o caminho de santidade, que é o caminho de todo cristão, especialmente por meio da confissão e da Eucaristia. “Nós nos deixamos santificar? Somos uma Igreja que chama e acolhe, de braços abertos, os pecadores? Que lhes dá coragem e esperança? Ou somos uma Igreja fechada em si mesma?”, questionou o Pontífice.

Ao concluir as reflexões, o Sucessor de Pedro reforçou que os que se sentem pecadores, frágeis e indefesos não devem ter medo da santidade. Ele explicou, por fim, que a santidade não é fazer algo extraordinário, mas deixar Deus agir em nossa vida.

“É o encontro da nossa fraqueza com a força da Sua [Deus] graça. É ter confiança em Sua ação, que nos permite viver na caridade, fazer tudo com alegria e humildade, para a glória de Deus e no serviço ao próximo”.

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