É a primeira visita que um Papa faz ao Reino Unido a convite do governo desde o cisma que fez surgir a Igreja Anglicana, em 1534. A visita de João Paulo II, realizada em 1982, foi de cunho apostólico, pois ele não foi recebido como chefe de Estado.
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“O Reino Unido esforça-se para ser uma sociedade moderna e multicultural. […] Que isso não enfraqueça a raiz cristã que sustenta suas liberdades; e que esse patrimônio, que sempre buscou o bem da nação, sirva constantemente de exemplo para o vosso Governo e vosso povo”, afirmou o Santo Padre.
Raízes cristãs
O Bispo de Roma lembrou que o nome do Palácio Real de Holyroodhouse recorda a santa Cruz e “evoca as profundas raízes cristãs que ainda estão presentes em todas as áreas da vida britânica. Os reis da Inglaterra e Escócia têm sido cristãos desde tempos muito antigos. […] Assim, a mensagem cristã tem sido uma parte integral da língua, pensamento e cultura dos povos destas ilhas há mais de mil anos”.
Logo após, o Papa disse que a fé é força poderosa que traz benefício para cristãos e não cristãos igualmente.
“Também agora, podemos recordar como a Grã-Bretanha e seus líderes enfrentaram a tirania nazista, que desejava eliminar Deus da sociedade […]. Ao refletir sobre as lições sombrias do extremismo ateu do século XX, jamais esqueçamos como a exclusão de Deus, da religião e da virtude da vida pública conduz, em última análise, a uma visão parcial do homem e da sociedade e, portanto, a uma visão ‘restritiva da pessoa e seu destino'”, indicou.
Papel do Reino Unido
Bento XVI recordou também o papel fundamental da Grã-Bretanha na formação do consenso internacional do pós-guerra, que fez surgir as Nações Unidas. Ao mesmo tempo, recordou os conflitos na Irlanda do Norte: “Encorajo todos a continuar caminhando juntos com coragem o caminho traçado para uma paz justa e duradoura”.
Por fim, o Santo Padre disse que o Reino Unido “continua sendo, política e economicamente, uma figura-chave no âmbito internacional. […] Isso lhes impõe uma especial obrigação de atuar com sabedoria para o bem comum”.
O papel dos meios de comunicação britânicos para promover a paz das nações, o desenvolvimento integral dos povos e a difusão dos autênticos direitos humanos foi salientado pelo Papa. “Que todos os britânicos continuem vivendo em harmonia com os valores de honestidade, respeito e imparcialidade que lhes mereceram a estima e admiração de muitos”.
Ao final do encontro com a rainha, no Parque do Palácio Real, Bento XVI encontrou as autoridades, entre as quais representantes políticos, da sociedade civil, das Igrejas anglicana e católica, bem como alguns representantes do Parlamento escocês.
A Rainha e o Santo Padre receberam cumprimentos e flores de estudantes escoceses em vestes tradicionais. Logo após, o Papa transferiu-se, em papamóvel, à residência do Arcebispo de Saint Andrews e Edimburgo, onde almoçou com os Membros do séquito papal, o Arcebispo Cardeal Keith Michael Patrick O’Brien e o Arcebispo de Glasgow, Dom Mario Joseph Conti.
Assista à íntegra do discurso
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