Muita coisa mudou no mundo durante os quase 30 anos desde a visita do Papa João Paulo II. Neste país, nós agradecemos profundamente o envolvimento da Santa Sé na considerável melhoria na situação na Irlanda do Norte. Em outros lugares, a queda dos regimes totalitários ao longo da Europa Central e Oriental tem permitido uma maior liberdade para centenas de milhões de pessoas. A Santa Sé continua a ter um papel importante nas questões internacionais, em defesa da paz e desenvolvimento e na resolução de problemas comuns, como a pobreza e a mudança climática.
Sua Santidade, sua presença aqui hoje lembra-nos de nossa herança cristã comum, e da contribuição dos cristãos para a promoção da paz mundial e o desenvolvimento econômico e social dos países menos prósperos do mundo. Estamos todos cientes da contribuição especial da Igreja Católica Romana, particularmente de seu ministério para os mais pobres e mais necessitados da sociedade, seus cuidados com os desabrigados e no ensino ministrado por sua extensa rede de escolas.
Religião sempre foi um elemento crucial para a identidade nacional e a autoconsciência histórica. Isso tem feito da relação entre os diferentes credos um fator fundamental para a necessária cooperação dentro e entre Estados-nação. É, portanto, vital incentivar uma maior e respeitosa compreensão mútua. Sabemos por experiência que, através do diálogo comprometido, antigas suspeitas podem ser transcendidas e uma maior confiança mútua estabelecida.
Sei que a reconciliação foi um tema central na vida do Cardeal John Henry Newman, de quem irás realizar uma Missa de Beatificação no domingo. Um homem que lutou com a dúvida e a incerteza, sua contribuição para a compreensão do Cristianismo continua a influenciar muitos. Apraz-me que sua visita será também oportunidade para aprofundar o relacionamento entre a Igreja Católica Romana e as estabelecidas Igreja da Inglaterra e Igreja da Escócia.
Sua Santidade, nos últimos tempos, o senhor disse que “as religiões jamais podem se tornar veículos de ódio, que jamais, invocando o nome de Deus, o mal e a violência podem ser justificados”. Hoje, neste país, estamos unidos nessa convicção. Afirmamos que a liberdade de culto está no centro de nossa sociedade tolerante e democrática.
Em nome do povo do Reino Unido, desejo-Lhe a mais proveitosa e memorável visita.
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