A intensa visita de três dias do Papa Bento XVI a Chipre se concluiu neste domingo, 6, no Aeroporto Internacional de Larnaca (antiga cidade fenícia que nasceu no IX século a.C.)
Assim comona chegada, a cerimônia se realizou com a saudação do Presidente da República de Chipre, Demetris Christofias, e com o discurso do Santo Padre, que recapitulou os principais momentos da viagem, marcada pelos temas do Sínodo, do ecumenismo e da paz no Oriente Médio.
Mais uma vez, o Papa falou da riqueza de culturas que compõem o Mediterrâneo e, não obstante, os conflitos e o derramamento de sangue que se verificam na região, “como vimos nos últimos dias” (em alusão à blitz israelense perto da Faixa de Gaza).
É preciso duplicar os esforços a fim de construir uma paz real e duradoura, pediu o Pontífice, ressaltando o papel de Chipre na promoção do diálogo e da cooperação. Pernoitando na Nunciatura Apostólica, que se encontra na zona controlada pelas Nações Unidas, o Papa disse que pôde observar pessoalmente as conseqüências da “triste divisão” da Ilha e, ao mesmo tempo, ouvir de muitos cipriotas provenientes do norte o anseio por um restabelecimento da paz. Muito já foi feito, constatou Bento XVI, mas muito permanece por fazer para recompor as divisões.
O Papa falou ainda do diálogo inter-religioso, fazendo votos de que, juntos, cristãos e muçulmanos se tornem um fermento de paz e reconciliação entre os cipriotas e isso sirva de exemplo para os outros países.
Sobre as relações ecumênicas, evocou o abraço em Jerusalém do então Patriarca Atenágoras e de seu predecessor Paulo VI – abraço profético que indicou a estrada a percorrer. “Temos um chamado divino a sermos irmãos, a caminhar lado a lado na fé” – disse, garantindo o empenho da Igreja Católica para alcançar o objetivo da perfeita unidade.
Após abençoar uma árvore de oliveira, símbolo da paz, Bento XVI embarcou no avião de bandeira da República de Chipre em direção ao Vaticano, onde sua chegada está prevista para as 20h45 (horário local).
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