Neste fim de semana

Jubileu em Roma: revigorar a missão dos catequistas, afirma brasileira

Evento jubilar reúne educadores da fé, fundamentais para a vida da Igreja, e os motiva no anúncio da esperança, que é Jesus Cristo

Kelen Galvan
Da redação

Mariana A. Venâncio com grupo de peregrinos brasileiros que participa do Jubileu dos Catequistas em Roma / Foto: Arquivo Pessoal

Atenta à missão singular dos catequistas, a Igreja dedicou a eles um evento especial dentro do Jubileu da Esperança. O Jubileu dos Catequistas acontece neste fim de semana em Roma, de hoje, 26, a domingo, 28, e irá reunir representantes do mundo inteiro.

A atual assessora da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, Mariana Aparecida Venâncio, participa do Jubileu e destaca que é uma oportunidade enriquecedora. “Celebrar em comunhão com os catequistas do mundo todo, além de conhecer o Santo Padre. É um evento que acontece apenas a cada 25 anos, então é realmente histórico. Além disso, viajar a Roma é sempre um mergulho na Tradição e na História da Igreja”, afirma.

Do Brasil, cerca de 250 catequistas estão em Roma. A Comissão Bíblico-Catequética está representada por três grupos, provenientes de quase todos os estados do País, totalizando 120 pessoas.

Para Mariana, a participação neste encontro é uma oportunidade para revigorar a missão dos catequistas. “Proporciona a cada um essa experiência de ‘sentir-se parte de um todo’. Acho que isso é muito importante para que cada um entenda a relevância do seu ministério na Igreja e também como a história, a reflexão e a experiência da Igreja são abrangentes”, destaca.

Comissão Bíblico-Catequética da CNBB levou a Roma três grupos de catequistas, provenientes de vários estados do Brasil / Foto: Divulgação

“Guardiões da Memória de Deus”

Os catequistas cumprem uma função fundamental na vida da Igreja, na formação de fé das crianças, jovens e, mesmo adultos. Mariana Venâncio lembra que o Diretório para a Catequese de 2020, do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, chama o catequista de “guardião da Memória de Deus”, “porque partilha o tesouro da Palavra e da fé que a Igreja, pelo Batismo, lhe confiou”.

“O catequista é alguém que recebeu da Igreja a fé e a guardou com tanto carinho que tornou-se seu anunciador, com entusiasmo, alegria e grande zelo. Somos peregrinos e peregrinas de esperança porque o anúncio de Jesus ajuda a pessoa de nosso tempo a viver a vida com os olhos fixos na eternidade, à qual somos chamados”, enfatiza.

Ela recorda que a Constituição Dogmática “Dei Verbum” destaca que a transmissão da fé foi feita de Jesus aos apóstolos, deles aos bispos e, ao longo do tempo, essa responsabilidade foi partilhada com os presbíteros, diáconos e com os cristãos leigos, que cooperam nessa missão.

“Hoje, além da formação permanente, nossos catequistas têm participação fundamental na Iniciação à Vida Cristã de muitos irmãos e irmãs, que encontram nessa oportunidade o momento por excelência do encontro com Jesus Cristo e do aprendizado de como viver em Cristo, como discípulo”, explica.

Segundo Mariana, isso garante que a fé não seja vivida somente de maneira individual, mas alcance a pessoa de forma integral. “Fazendo de cada um, efetivamente, corresponsável pela missão que Jesus deu à Igreja de anunciar o Evangelho a todos os povos”.

Anunciadores da esperança

Nesse contexto do Jubileu da Esperança, o catequista é também um propagador desta virtude, tão necessária para a vida humana. “A esperança depende da capacidade de acreditar num futuro e de confiar em alguém que, no caso da esperança cristã, é Jesus Cristo”, disse a assessora da Comissão Bíblico-Catequética.

Como os catequistas podem formar essa virtude nas novas gerações? Para Mariana é imprescindível que, antes de tudo, ele mesmo seja uma pessoa de esperança, “com alegria genuína e entusiasmo”.

“O catequista precisa ajudar os nossos catequizandos a, num tempo de imediatismos e numa cultura de descarte, pensar no futuro, no duradouro, no que permanece. Só assim é possível sonhar com a eternidade e com o céu. Mas nada disso tem sentido se o Querigma não for uma semente plantada no coração de cada um, que germina e frutifica em desejo constante pelo mergulho cada vez mais profundo no amor de Deus”, indica.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo