JUBILEU 2025

Dom Fisichella celebra missa pelo Jubileu das Pessoas com Deficiência

No primeiro dia do Jubileu dedicado às pessoas com deficiência, o arcebispo presidiu uma missa preside a missa na Basílica de São Paulo Fora dos Muros

Da Redação, com Reuters

O Arcebispo Rino Fisichella durante a celebração na Basílica de São Paulo Fora dos Muros / Foto: Reprodução Youtube Vatican Media

Na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, o Arcebispo Rino Fisichella, Pró-Prefeito Emérito do Dicastério para a Evangelização, celebrou a Missa do Jubileu das Pessoas com Deficiência.

Em sua homilia, o Arcebispo utilizou termos como “ousar” e “revolução”, além de “ordinário”. Ele disse que essas três palavras, juntas, parecem um paradoxo, mas revelam o coração pulsante da integração: transformar o “eles” em “nós” sem a necessidade de retórica ou ações excepcionais.

Expressando esse anseio, estão as vozes das pessoas com deficiência e de seus companheiros de jornada, no seio de uma comunidade onde, como observou o Arcebispo Fisichella, “ninguém”, se verdadeiramente acolhido, “pode ​​permanecer sozinho”.

O Arcebispo foi encarregado de organizar o Ano Santo e seus muitos Jubileus específicos, incluindo o Jubileu das Pessoas com Deficiência.

A missa de segunda-feira foi celebrada na Basílica que preserva os restos mortais do Apóstolo dos Gentios e recebe peregrinações ininterruptas há mais de dois milênios. A Basílica abriu seus antigos braços aos fiéis com novos sinais de acolhimento e cuidado, incluindo rampas para cadeiras de rodas ao longo da pequena escadaria de mármore que leva ao pórtico.

Uma liturgia inclusiva e acessível

A liturgia eucarística inovou dentro da tradição, oferecendo a tradução fiel em LIS, a Língua Internacional de Sinais, para todos os hinos e orações.

Nos ritos introdutórios, o Arcebispo Fisichella confiou à comunidade uma oração para que a semente lançada pelo Papa Francisco, em seu pontificado de misericórdia e inclusão, floresça e “permaneça na Igreja”.

Durante a homilia, o Arcebispo recordou a passagem dos Atos dos Apóstolos em que Pedro e João curam um paralítico, sem “ouro nem prata”, mas somente em nome de Jesus.

Ele disse que este milagre buscava a restauração do homem, para que ele pudesse recuperar sua “autonomia”, dignidade e força para se levantar.

A primeira comunidade da Igreja responde a esta ação não pedindo privilégios, mas sim a coragem de “não permanecer em silêncio”, enfatizou o Arcebispo Fisichella.

Integração na vida cotidiana

Muitas pessoas se tornaram artesãs desse sonho, como Cristina Borlotti, que chegou a Roma vinda da cidade italiana de Bérgamo, acompanhada de outros 500 companheiros.

Como chefe do Escritório Pastoral para Pessoas com Deficiência de sua diocese, Cristina falou ao Vaticano News sobre seu duplo compromisso: não criar caminhos “especiais”, mas semear a inclusão nos contextos cotidianos; e mudar a “cultura”, começando pelas palavras.

“Não mais ‘os deficientes’, mas pessoas com deficiência”, disse ela, observando que a linguagem pode construir pontes ou erguer muros.

Participantes do Jubileu das Pessoas com Deficiência, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros / Foto: Reprodução Youtube Vatican Media

A “revolução cultural” do Papa

A Sra. Borlotti contou ter participado, na manhã de segunda-feira, da conferência intitulada “Nós: Peregrinos da Esperança”, promovida pelo Serviço Nacional de Pastoral da Pessoa com Deficiência da Conferência Episcopal Italiana.

No evento, Marta Russo, presidente da associação “Diritti Diretti”, que promove formas mais acessíveis de turismo e “influenciadora da acessibilidade”, falou sobre um projeto nacional para engajar escolas e alunos, intitulado “Pensamentos de Marta”.

A Sra. Russo disse que o falecido Papa Francisco pediu uma “revolução cultural” em relação às pessoas com deficiência e convidou os jovens a assumirem o comando da construção de um mundo mais justo e inclusivo.

A “revolução cultural” do Papa

A Sra. Borlotti contou ter participado, na manhã de segunda-feira, da conferência intitulada “Nós: Peregrinos da Esperança”, promovida pelo Serviço Nacional de Pastoral da Pessoa com Deficiência da Conferência Episcopal Italiana.

No evento, Marta Russo, presidente da associação “Diritti Diretti”, que visa promover formas mais acessíveis de turismo e “influenciadora da acessibilidade”, falou sobre um projeto nacional para engajar escolas e alunos, intitulado “Pensamentos de Marta”.

A Sra. Russo disse que o falecido Papa Francisco pediu uma “revolução cultural” em relação às pessoas com deficiência e convidou os jovens a assumirem o comando para construir um mundo mais justo e inclusivo.

Ouse e veja florescer

Outro participante do Jubileu, Luca, da cidade italiana de Varmo, juntou-se a outros jovens com deficiência de sua diocese.

Ele disse que uma viagem como essa a Roma teria sido “impensável” em uma cadeira de rodas há pouco tempo.

Agora, ao visitar a Cidade Eterna, Luca disse sonhar com essa abertura que inspire “autonomia”, dignidade e felicidade para muitos outros.

Outros eventos do Jubileu

A celebração em São Paulo Fora dos Muros faz parte de uma programação completa, inaugurada na manhã de segunda-feira com a peregrinação à Porta Santa e a possibilidade de receber o Sacramento da Reconciliação na Igreja de São João Batista dos Florentinos.

Os eventos continuam na terça-feira com uma catequese do Arcebispo Fisichella na Praça de São Pedro, seguida de um almoço e um encontro festivo nos jardins do Castelo de Santo Ângelo.

A Via della Conciliazione, a rua que liga a Praça de São Pedro ao Castelo de Santo Ângelo, estará repleta de barracas de comida e testemunhos da força e da beleza da vida vivida na fragilidade.

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