A Arquidiocese de Brasília celebrou o jubileu da pessoa com deficiência neste fim de semana. O encontro reuniu centenas de famílias e comunidades de apoios do Distrito Federal.
Reportagem de Francisco Coelho e Alberes Cruz
Depois de sofrer um AVC, o Jorge foi acolhido pela vila do Pequenino Jesus. A comunidade acompanha cerca de 100 pessoas. Dessas, 30 foram trazidas para participar do jubileu da pessoa com Deficiência da Arquidiocese de Brasília. “Hoje eu sou abençoado por Deus pela vida, por ser agraciado com a vida. Tudo que eu sou, eu agradeço a Deus por ter me dado a vida”, relatou Jorge Oliveira, acolhido pela Vila Pequenino Jesus,.
A mãe do Felipe ficou sabendo da realização do jubileu por meio do anúncio na rádio Canção Nova Brasília. Ao saber da realização da celebração, dona Iolene se alegrou. “A relação dele com Jesus é maravilhosa. Na hora que ele toca no sacrário, ele fica assim, como se tivesse alguém falando para ele, sabe? E depois eu saio porque toda hora que eu vou no Santíssimo, eu peço para ele colocar a mão e aí quando ele coloca a mão, ele fica assim como se alguém tivesse conversando, ele fica assim”, contou a mãe de Felipe, Iolene Nascimento.
A procissão até a Catedral Metropolitana é o momento especial na vida de cada participante. Uma oportunidade para agradecer as bênçãos de Deus e sair do ambiente cotidiano do lar e da comunidade de apoio terapêutico para apreciar a beleza da capital federal.
“Quando nós chegamos essa semana, começamos já na quinta-feira a rezar por esse momento, que a gente reza toda quinta-feira junto com eles lá, fazemos adoração e passamos para eles, já começou aquela festa toda porque eles iam sair de casa para ir um outro ambiente, sair dessa rotina do dia a dia que eles têm lá. Então isso nos alegra muito e estar aqui na catedral, na Casa Mãe junto com o Cardeal. Pra gente é uma alegria muito grande estar aqui”, afirmou o coordenador geral de Vila Pequenino Jesus, Jorge Eduardo Deister.
Celebrar o ano santo do Jubileu da Esperança ao lado das pessoas com deficiência é uma oportunidade de seguir os passos de Cristo, acolhendo aqueles que muitas vezes ficam à margem da sociedade.
“É a afirmação de que são filhos de Deus, amados por Deus, que possuem a mesma dignidade de todo o ser humano. A sociedade precisa cada vez mais se preparar. A sociedade precisa cada vez mais fazer com que essas pessoas possam viver no dia a dia”, concluiu o arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa.