O Arcebispo de Sidney, Cardeal George Pell, deu as boas vindas aos jovens em coletiva de imprensa, na manhã desta segunda, 14, a um dia para o começo das celebrações da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2008).
Na coletiva esteve presente o Arcebispo de Adelaide e Presidente da Conferência de Bispos da Austrália, Dom Philip Wilson que assegurou que as comunidades que receberam peregrinos ao redor de toda a Austrália “se sentiram abençoadas”.
“Estas experiências onde existe um contato pessoal entre os peregrinos e a Igreja local são muito importantes e permitem às pessoas ver que a visão da Igreja se vê refletida em diferentes culturas e que a unidade de vida e de fé vai além das coisas que os separam”, disse o Prelado.
Quando a imprensa perguntou ao Cardeal Pell sobre os desafios que enfrenta a Igreja com respeito à juventude respondeu que existem dois assuntos relevantes que a Igreja da Austrália tem que enfrentar hoje: “Primeiro, é a tentação que existe na Austrália de pensar que se pode viver uma vida boa e feliz sem Deus. O segundo gira ao redor do conceito de sexualidade, matrimônio e família”.
Sobre isso, o Cardeal, incentivou os jovens a se casarem e ter muitos filhos católicos. “Nenhum país ocidental está produzindo bebês suficiente para manter a população estável, nenhum país ocidental”, ressaltou o Cardeal Pell, em sua primeira coletiva desde a chegada do Papa na Austrália.
Outro desafio que mencionou é a alta percentagem de suicídio de jovens, onde a Austrália aparece com um dos índices mais altos de suicídios no mundo.
“Suicídio é um sinal perigoso e uma grande paradoxo. Particularmente em nosso país nossos jovens necessitam fé, esperança e amor”, destacou Dom Pell.
“Todos nós, na Austrália, nos demos conta que a JMJ é uma oportunidade de fazer muito, mas, ela sozinha não é suficiente, precisa-se fazer mais”, concluiu o arcebispo Wilson.
Testemunho
Presente em Sidney para a JMJ, Jesus Garcia de 17 anos, de Laredo, tocou a cruz da Jornada, que visitou quase todas as dioceses do país e, sentiu que precisava viver esta experiência e trouxe sua mãe para o encontro: “Temos problemas em casa”, disse ele. “Mas ela [mãe] simplesmente me disse tudo que sente por mim e eu lhe disse, também. Nós nunca fizemos isso antes em nossas vidas. Estamos aqui por causa da cruz”, contou o jovem.
A JMJ começará nesta terça-feira, 15 de Julho, com a Missa de abertura em Barangaroo celebrada pelo Arcebispo de Sidney, Cardeal George Pell.
