Jornada Mundial da Juventude será realizada em agosto; nesta oitava matéria da série “Patronos da JMJ Lisboa 2023”, conheça mais sobre o Beato João Fernandes
Huanna Cruz
Da Redação
Faltam três meses para a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada em Lisboa, Portugal, de 1º a 6 de agosto. Nesse caminho de preparação, o noticias.cancaonova.com segue com a série sobre os Patronos da JMJ. Nesta sexta-feira, 19, vamos falar sobre o Beato João Fernandes.
Segundo o Pároco de Óbidos, A-dos-Negros e Gaeiras, padre Ricardo Figueiredo, a escolha dos patronos da JMJ seguiu três critérios: santos ligados à JMJ e juventude, santos nascidos em Lisboa e santos jovens. É no segundo critério que se enquadra João Fernandes: nasceu na cidade de Lisboa.
Padre Ricardo Figueiredo afirma que João Fernandes é natural da Paróquia de São Julião, hoje pertencente à Paróquia de São Nicolau. Ele foi mártir com apenas 19 anos, mostrando como a juventude pode ser muito forte na fé. Guiado pelos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola, deixou Deus moldar o seu coração e viveu profundamente enraizado em Cristo.
História
Padre Ricardo Figueiredo conta que o beato João Fernandes ficou conhecido como um dos “mártires do Brasil”. Ele integrou um grupo de missionários que não chegou às terras brasileiras (que eram seu destino), mas dirigiu-se para lá para evangelizar as populações daquelas terras que tinham sido recentemente descobertas.
O beato Inácio de Azevedo tinha recebido a bênção do Papa para partir e evangelizar. Na época, o Superior da Companhia de Jesus autorizou Azevedo a reunir um grupo de jovens missionários para partir. Entre estes estava João Fernandes. Inácio de Azevedo tornou-se o reitor do colégio que, em Portugal, preparou estes jovens para o trabalho de evangelização. Eles aprenderam a doutrina e conheceram mais sobre os povos. No dia 5 de junho de 1970, partiram de Lisboa rumo à Ilha da Madeira. Depois para as Canárias.
Antes de embarcarem, Inácio disse aos jovens: “Queria apenas voluntários da morte por Cristo”. Muitos hesitaram e desistiram. Dos 73, apenas 40 avançaram. No dia 15 de julho, a sua embarcação foi rodeada por cinco navios piratas huguenotes (protestantes), porque os jovens tinham voto religioso, não utilizaram armas para lutar. Apenas ajudaram os feridos. Sabendo os piratas que eram missionários católicos, deferiram-lhes os piores golpes. Antes de morrer, disse Inácio de Azevedo aos jovens: “Não choreis, meus filhos. Não chegaremos ao Brasil, mas fundaremos, hoje, um colégio no Céu”.