JMJ Lisboa 2023

Patronos da JMJ 2023: conheça mais sobre a Beata Joana de Portugal

Jornada Mundial da Juventude será realizada em agosto; nesta sétima matéria da série “Patronos da JMJ Lisboa 2023”, conheça a Beata Joana de Portugal

Huanna Cruz
Da Redação

Beata Joana de Portugal / Foto: Arquivo

Faltam três meses para a Jornada Mundial da Juventude que será realizada em Lisboa, Portugal, de 1º a 6 de agosto. Nesse caminho de preparação, o noticias.cancaonova.com segue com a série sobre os Patronos da JMJ. Nesta sexta-feira, 12, o foco é a Beata Joana de Portugal.

Segundo o Pároco de Óbidos, A-dos-Negros e Gaeiras, padre Ricardo Figueiredo, a escolha dos patronos da JMJ seguiu três critérios: santos ligados à JMJ e juventude, santos nascidos em Lisboa e santos jovens. Joana de Portugal preenche o segundo critério: nasceu em Lisboa e por isso está ligada a essa JMJ.

História 

Joana de Portugal foi uma figura proeminente da família real portuguesa no século XV. Portugal preparava-se para o que viria a ser o maior empreendimento da nação portuguesa: as incursões marítimas que “expandiram” o mundo. A corte portuguesa colocou-se na vanguarda do comércio. É neste ambiente que nasceu Joana de Portugal.

Filha do rei D. Afonso V e irmã do futuro rei de Portugal D. João II, a beata perdeu a mãe quando tinha apenas 4 anos. Então, uma tia ocupou-se da formação de Joana, tanto intelectual como religiosa. Com o tempo, tornou-se uma jovem muito bonita, dócil e talentosa.

Padre Ricardo Figueiredo afirma que ela vivia uma profunda dedicação a Deus, o que moveu a pedir a entrada no convento, apesar de ter como pretendentes o rei Carlos VIII da França e o rei Ricardo III da Inglaterra.

Vencidas as dificuldades colocadas pelo pai, Joana entrou primeiramente no Convento de Odivelas e, depois, no dia 4 de agosto de 1472, no Convento de Jesus, em Aveiro. Por ser princesa real e potencial herdeira do trono foi impedida de professar votos religiosos de pobreza, obediência e castidade. No entanto, viveu-os sempre como noviça dominicana.

Quando o seu irmão, D. João II, subiu ao trono, dirigiu-se a Aveiro com o intuito de levar a sua irmã de volta para a corte portuguesa. No entanto, Joana não se afastou do seu intuito de se entregar por Cristo. O irmão prometia-lhe o luxo e a riqueza da vida na corte, mas ela preferia a vida pobre no convento. Dedicava-se aos serviços mais simples: lavar roupa, amassar pão, varrer as dependências, fiar e tecer. Descobriu que a vida pobre é a maior riqueza. Com uma saúde débil, ficou acamada. Abraçada ao seu crucifixo, morreu no dia 12 de maio de 1490.

Relação da Beata Joana com Portugal

Padre Ricardo Figueiredo revela que Joana foi uma princesa real, e por isso uma figura muito relevante para o  país. Ao mesmo tempo, a sua dedicação total a Deus foi muito recordada: “podemos dizer que materialmente tinha tudo: riqueza, poder, pretendentes… mas percebeu que não era aí que estava a verdadeira alegria: por isso o testemunho de sua vida é muito admirado em Portugal”.

Segundo o Pároco de Óbidos, A-dos-Negros e Gaeiras, desde muito jovem, Joana sentiu-se movida a ajudar os mais pobres e fragilizados, como tantos jovens hoje sentem o mesmo apelo. Joana foi inovadora na medida em que não se limitava a dar apenas uma esmola, mas organizou na sua juventude uma rede de apoio aos pobres.

Outro aspecto que a liga aos jovens foi a sua firme decisão de deixar tudo aos 20 anos para ir para o convento: era jovem, tinha vários pretendentes das casas reais mais importantes da Europa, mas foi firme na decisão de se dedicar a Cristo: uma coragem que é característica dos jovens, os quais têm a capacidade de sonhar muito alto pelos valores mais nobres.

Padre Ricardo Figueiredo ressalta que a beata escolheu como emblema para a sua vida, não a coroa de ouro, mas a coroa de espinhos. Debaixo das suas vestes de Corte, usava cilício e jejuava várias vezes.

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