Os irmãos sírios foram à Polônia para participar da Jornada Mundial da Juventude e se reencontram após três anos separados
Da redação, com ACI Digital
Tradução: André Cunha
Entre os milhares de peregrinos que estão em Cracóvia para a 31ª JMJ, estão dois irmãos sírios que se reencontram depois de três anos de separação por causa da guerra na Síria.
Yousef Astfan, de 34 anos, vive atualmente em Dubai. Seu irmão, Al Astfan, tem 25 anos, e vive na Alemanha como refugiado há uns 18 meses, e estuda para concluir seu mestrado em Engenharia Mecânica. Eles encontraram-se na terça-feira, 26, primeiro dia da JMJ.
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“Não consigo acreditar que, enfim, ele está comigo. Minha família está muito feliz porque nos encontramos. Queriam estar aqui também”, disse Yousef. O irmão afirmou estar emocionado com o encontro: “Isso é brilhante. Lembramos os velhos tempos”.
A Jornada
Yousef Astfan participou de sua primeira Jornada Mundial da Juventude em Madrid (2011). Agora está em Cracóvia com seu irmão Al Astfan, que pela primeira vez participa desse evento.
“É genial. É uma grande oportunidade para conhecer pessoas de todo o mundo, em nome de Jesus”, disse Al.
Para Yousef, participar de um encontro com milhares de jovens católicos é um “bom empurrão para a sua fé”, sobretudo por ver tantos cristãos, já que ouviu dizer que na Europa não havia tantos assim.
“Não, eu não vejo isto. Sinto-me orgulhoso de que todos estes cristãos estejam aqui. Especialmente quando lutamos por nosso cristianismo na Síria. Ser cristão na Síria é uma maldição. Podem assassinar-te por isso”, ressaltou.
Os pais dos irmãos Astfan, sua irmã, e a esposa de Yousef continuam na Síria. “Eles vivem em Alepo. Lá é muito perigoso, mas não querem deixar seu país”, assinalou Yousef
Yousef disse que os cristãos que vivem livres da perseguição devem apreciar o que têm: “eles não apreciam a felicidade que estão vivendo”, lamentou. “Só posso dizer a essas pessoas e levantar a voz: vocês vivem uma felicidade, conservem-na, façam o que têm que fazer”.
E concluiu: “Só rezem pela Síria. Não podem fazer nada mais”