Dom Antônio Carlos Altieri ressalta que as propostas para o Ano Santo, como a vivência da santidade, devem continuar sempre
Catarina Jatobá
Enviada especial a Roma
Na homilia da missa de abertura da Porta Santa da Basílica de São João de Latrão neste domingo, 13, o Papa Francisco foi enfático ao afirmar que iniciou o tempo do grande perdão. “É o Jubileu da Misericórdia. É o momento para redescobrir a presença de Deus e a Sua ternura de Pai”.
Ao refletir as palavras do Santo Padre, o bispo emérito de Passo Fundo/RS, Dom Antônio Carlos Altieri, diz que este é um tempo de conversão, que Deus já aguardava com alegria e paciência.
“O Papa, como quem vai à frente, como quem está aberto ao Espirito Santo, sente a responsabilidade de dizer ao mundo o que Jesus quer dizer hoje através do Espírito Santo. Então ele nos dá esse meio, nos lança este apelo do Ano Santo para que ele se prolongue durante a vida”.
O bispo emérito ressalta que as propostas para o Ano da Misericórdia não devem ser vistas como exclusivas para este tempo, mas devem servir de treinamento para toda a vida.
“Tanto que a confissão, as obras de misericórdia que praticarmos agora não são apenas para este ano, para cumprirmos mais uma regra, mas sim, para criarmos um hábito de viveência da santidade e de sermos sinais e portadores do amor de Deus ao mundo”.
A Porta Santa da Basílica de São João de Latrão foi a segunda aberta pelo Papa Francisco, em Roma. A basílica é a catedral da Diocese de Roma e também a Sé episcopal oficial do Papa.
A abertura desta Porta Santa foi o marco para que todas as dioceses do mundo pudessem também fazer o mesmo e, assim, iniciar os ritos próprios do Ano Jubilar. Na praça que também leva o nome da basílica, os fiéis e peregrinos chegaram durante toda a manhã, e mesmo os que não conseguiram entrar para participar da celebração eucarística, aguardaram para entrar e passar pela Porta Santa.
Para Frei Ailton de Almeida, da Ordem da Santíssima Trindade, de São Miguel Paulista, que está em Roma, este é um tempo de graça e de atitude.
“Eu acredito que este é um momento muito especial para a Igreja. Acho que além de experimentar a misericórdia do Senhor, é importante também a gente se tornar misericórdia, como o Papa pede com as obras de misericórdia. Espero que nós da Igreja consigamos viver este ano assim: experimentando e sendo misericórdia”.
Também na manhã deste domingo, 13, foi aberta a Porta da Misericórdia na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. A cerimônia foi presidida pelo responsável da Basílica, Cardeal James Michael Harvey.
Já a abertura da Porta Santa da Basílica papal de Santa Maria Maior está marcada para o dia primeiro de janeiro de 2016.