Congresso pela Vida

Cultura da morte quer destruir dignidade da família, diz sacerdote

Os principais elementos da cultura da morte foram o tema central da palestra do presidente da Human Life International, padre Shenan Boquet, no II Congresso Internacional pela Verdade e pela Vida.

O sacerdote salientou que um dos principais objetivos dessa imposição cultural é a quebra da dignidade da família tradicional, da união entre o homem e a mulher. Os argumentos são os mais diversos: ter filhos é muito caro, exige muita dedicação, é inconveniente. Além disso, os pais cedem seu espaço de formadores para os programas de televisão, jogos, e as crianças aprendem com o que é apresentado na tela, e não mais com base no amor dos pais.

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Além disso, até mesmo campanhas publicitárias são utilizadas para sedimentar um novo modelo familiar.

"Essa realidade tem que nos desconfortar. Ser sacerdote é 'contraculturar', não para ser contra, simplesmente, mas para sermos pregadores autênticos do Evangelho. Temos que discernir, escolher o que é certo e dizer ao mundo o que é a mensagem da vida", disse.

A contracepção também é uma realidade que se tornou muito comum, de tal forma que os médicos prescrevem-na facilmente, como se fosse uma vitamina. Padre Shenan partilhou sua experiência de seis anos como pároco nos Estados Unidos, período em que testemunha não ter feito sequer um casamento sacramental.

"As pessoas preferem coabitar, viver juntas. E a contracepção facilita isso, pois é mais fácil viver juntos e gozar de todos prazeres, sem responsabilidade e compromisso. Precisamos intervir. Temos que conhecer tudo sobre os perigos da contracepção, ter propriedade sobre o que falamos, e também a coragem de disseminar a verdade dada por Cristo, para guiar as almas", explicou.

O presidente da Human Life recordou que a certeza do cristão é a de que o resultado final da cultura da morte não será o fim da vida, mas é preciso lutar contra essa cultura, ser profetas em meio às pessoas, pregando uma mensagem que vai ser completamente inconveniente.

"É difícil 'desafiar' as pessoas e discordar daquilo que já está estabelecido. No entanto, não podemos nos acovardar, mas permanecermos firmes na verdade, para passar adiante esta verdade. Sempre há uma força que vem de Jesus Cristo até nós. Se ficarmos perto d'Ele, teremos coragem e veremos coisas que jamais vimos antes. Experimentaremos muito mais as maravilhas com Jesus e, para aquilo que pensamos ser incapazes, ele nos capacita. O nosso silêncio não ajuda. Não tenhamos medo, sejamos verdadeiros e Deus vai pegar esse pouquinho e transformar em algo muito grande", concluiu.

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